In Memoriam Credidio Rosa (4/9/1938 - 6/8/2014)

domingo, 21 de março de 2010

Degustação de Mar de 2010 :: Zinfandel x Primitivo di Manduria

O tema de nossa degustação de Março/2010, que aconteceu no dia 18/03 no Genova Restaurante na Rua Lisboa (www.restaurantegenova.com.br), de nosso amigo Joao Gianesi, foi ZINFANDEL X PRIMITIVO DI MANDURIA.


Antes dos comentários sobre os vinhos degustados, creio que seria interessante falar um pouco destas castas. Bem, a origem delas é a uva croata CRLJENAK, porém a origem desta, segundo alguns estudiosos, é grega. Ela migrou para os EUA por volta de 1850, provavelmente levada por austríacos, pois havia plantações da casta no Palácio Real de Viena, e lá passou a se chamar ZINFANDEL. Hoje representa 10% dos vinhedos norte-americanos. Ela também se desenvolveu na Itália, na Puglia, no calcanhar da bota, com o nome de Primitivo, e em algumas regiões é também chamada de Zingarello.

A primeira relação feita entre estas uvas (Zinfandel e Primitivo) aconteceu em 1967, por um estudioso europeu, e em 2005 determinou-se que a Zinfandel e a Primitivo eram a mesma casta. A propósito, não existe a casta White Zinfandel, este vinho nada mais que é que um blush da Zinfandel.


Bem, vamos aos vinhos degustados:



1) Old Vine 2005 – O primeiro foi um Zinfandel, do famoso produtor americano Seghesio e que está citado no livro os "1001 vinhos que devem ser tomados antes de morrer", exatamente a mesma safra. Este vinho é da região de Sonoma nos EUA, tem um teor alcoólico de 15,3%, seu preço é em torno de R$ 176,00 e a importadora é a Mistral. A cor dele é quase tendendo à cor de um Pinot Noir, quase clarete. Mesmo sendo aberto com 1/2 hora antes da prova, não mostrou muito aroma devido a sua complexidade, porém na boca está um pouco agressivo e em relação aos outros vinhos degustados ficou um pouco sem expressão; na avaliação do grupo ele ficou em quinto lugar.



2) Sonoma County 2007 - Também um Zinfandel do Seghesio, este vinho desta safra no ano retrasado ficou em 10º lugar da lista dos 100 melhores vinhos da Wine Spectator. Possui um teor alcoólico de 15,5%, e seu preço está em torno de R$ 105,00 na Mistral. Este vinho tem uma cor mais intensa, Grená, no olfato, aromas agradáveis de bala Toffee, além de cacau, na boca já ressaltou um sabor de frutas vermelhas e toques adocicados; na avaliação do grupo ficou em quarto lugar.




3) Millaman 2002 - Este vinho creio que é uma raridade, pois é também um Zinfandel, porém chileno. A vinícola produtora é a El Condor, da região de Central Valley no Chile, possui um teor alcoólico de 14,5%, o preço é por volta de R$ 60,00 e não sei onde encontrá-lo. Possui uma cor Grená intensa, aromas de alcaçuz (típico desta uva), azeitonas verdes e cacau, na boca um pouco mais ácido que os anteriores e não apareceram os toques adocicados; foi avaliado em terceiro lugar.



4) Sessantanni 2006 - Este já um Primitivo di Manduria, da vinícola Farnese, da região de San Marzano - Itália, com teor alcoólico de 14,5%, preço por volta de R$ 160,00 e a importadora é a World Wine. Este vinho tem uma cor rubi muito intensa, aromas acentuados de cacau e frutas vermelhas e na boca um sabor adocicado, porém muito gostoso de frutas vermelhas e morango e na avaliação do grupo ficou em primeiro lugar.





5) Lucarelli 2006 - Também um Primitivo di Manduria, da região Terra di Sava, da vinícola Sava – Itália. Este vinho e o Sessantanni não possuem diferença, são praticamente iguais, o teor alcoólico também é de 14,5%, porém o seu preço é melhor, R$ 115,00, e a importadora é a Casa Flora. A análise visual, olfativa e gustativa é praticamente a mesma do Sessantanni, apenas na boca vieram toques de cravo e ele ficou em segundo lugar na avaliação do grupo.



Agradecemos ao João Gianesi e a toda a equipe do Genova pela simpática acolhida,
Saúde!

Taba

sexta-feira, 19 de março de 2010

Dica do Pablo - Vinhos de Israel 03/2010

Credidio, estive em Israel e fiquei surpreso com a qualidade de alguns vinhos...

Visitei 3 vinícolas no norte: Biniamina, Tishbi e Tulip. As 2 primeiras têm vinhos top de qualidade, além dos de dia a dia. A Tulip está incrustada numa aldeia onde só há pessoas com necessidades especiais... e elas são empregadas pela Vinícola... Eles tinham um Shiraz (2005) que levou 92 do RP, provei o 2006 que estava aceitabilíssimo. Tomei Dalton, Yarden, enfim de todas as marcas. Pelo que sei a que está por estas bandas é a Tishbi (www.vinhosdeisrael.com.br). Seria algo bem diferente para uma futura degustação do Credvinho.

Veja alguma imagens do que encontrei por lá.







Abraço/Pablo

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