In Memoriam Credidio Rosa (4/9/1938 - 6/8/2014)

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Espumantes Italianos


CLUVINHO - DEZEMBRO 2018

TEMA - ESPUMANTES ITALIANOS

LOCAL - PIMENTEL BISTRO

Tradição é tradição! E em dezembro, degustação é com Espumantes/Champagne. Para este ano escolhemos 4 amostras do Veneto. Todos importados pela Mistral.


CREDE PROSECCO DI VALDOBBIADENE EXTRA BRUT 2014 - O nome CREDE, se refere ao subsolo da região, fresco, mas sem persistência, produzido por Bisol, GA - 11,5%, preço R$ 162,49. Foi o terceiro na preferência.

DESIDERIO ESPUMANTE ROSÉ BRUT - Produzido por Jeio, premiado com medalha de ouro num concurso na França. Um dos poucos prosecco rosé, corte de Merlot e Pinot Noir em parte iguais, GA - 11,5%, preço R$ 108,21. Foi o quarto na preferência.

PROSECCO 13 GARBEL - Produzido por Adriano Adami, refrescante, com personalidade. Este Prosecco é mais seco que o Extra Dry e mais frutado que o Brut. GA - 11,5%, preço R$ 148,02. Foi o primeiro na preferência.

JEIO SPUMANTE CUVÈE BRUT - Excelente Prosecco, corte de Glera, Sauvignon Blanc e Chardonnay, muito elogiado pela WS, GA - 11,5%, preço R$ 99,32. Considero mais agradável e leve do que o premiado ADAMI. Foi o segundo na preferência.



No jantar tivemos um crepe de Salmão e 3 opções de prato: uma massa, um filé au porvre e um peixe. Todos excelentes! Acompanhados por um Supertoscano Cabernet Sauvignon, eleito o melhor super da toscana em 2017, EKLEKTÓS. GA - 14,5%, R$ 180,50. Sem palavras, maravilhoso, importado pela VIA VINI.

Cred não nos abandone.

Taba

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Líquidos vitais


Líquidos vitais 
Novembro 2018

A sede é mais mortal do que a fome. Sem comida você poderia sobreviver por algumas semanas, mas sem bebida teria sorte se durasse alguns dias. Somente o ato de respirar é mais importante. Há dezenas e milhares de anos, os primeiros homens, que circulavam em pequenos bandos, tinham de ficar perto de rios, correntes e lagos a fim de garantir um suprimento adequado de água fresca, já que não havia um modo prático de armazenar ou carregar a água. A sua disponibilidade restringiu e determinou o progresso da humanidade. Desde então, as bebidas continuaram a moldar nossa história.
Somente nos últimos 10.000 anos bebidas surgiram para desafiar a primazia da água. Mas nenhuma delas está disponível na natureza em qualquer quantidade, e todas tem de ser produzidas deliberadamente.
Assim como as marés da história mostram fluxos e  refluxos, bebidas diferentes atingiram alguma proeminência em momentos, lugares e culturas diversos, desde a Idade da Pedra até os salões de festa na Grécia antiga ou os cafés públicos do Iluminismo.
Assim como os arqueólogos estabelecem períodos históricos com base no uso de materiais diferentes – Idade da Pedra, Bronze e Ferro e etc....Também é possível dividir a história do mundo em períodos dominados por certas bebidas: cerveja, vinho, destilados, café, chá e cola. Três delas contém álcool e três contem cafeína, mas, todas tem em comum o fato de cada uma delas ter sido uma bebida definitiva durante determinado período histórico desde a Antiguidade até os dias de hoje.
O evento que colocou a humanidade no caminho em direção à modernidade foi o início da atividade agrícola começando com a produção doméstica de cereais e foi acompanhada pelo aparecimento de uma forma rudimentar de cerveja. Esta servia de alimento e também de salário e gratificações uma vez que os cereais eram a base da economia.
A civilização Mediterrânea e a próspera cultura que se desenvolveu no primeiro milênio AC teve o vinho como fonte essencial desta civilização, sobretudo na Grécia Antiga. Desenvolveu-se um vasto comércio marítimo que ajudou a espalhar as ideias dos Gregos por toda parte. Os Symposios durante os quais de discutia política, filosofia e poesia eram regados a uma grande taça de vinho diluído. A seguir vieram os Romanos, já com uma sociedade organizada cujos reflexos se refletiam em vinhos de diferentes estilos.
Um milênio após a queda do Império Romano o mundo árabe monopolizava o comércio com o Oriente e os exploradores europeus começaram a navegar rumo ao Oeste para as Américas e a Leste para a Índia e China. Surgem as bebidas destiladas cujo processo alquímico foi bastante aperfeiçoado pelos estudiosos árabes. Elas ofereciam o álcool de forma compacta e durável, ideal para o transporte marítimo. Surgiram o conhaque, rum e uísque.
Os pensadores ocidentais desenvolveram novas teorias científicas, políticas e econômicas surgindo na Idade da Razão o Café, infusão misteriosa e elegante que foi introduzida na Europa a partir do Oriente Médio. O café ajudava a clareza do pensamento o que o transformava na bebida ideal para cientistas, homens de negócio e filósofos.
Em algumas nações Europeias, em especial na Grã-Bretanha, o café foi desafiado pelo chá importado da China. Uma vez que o chá se firmou como sua bebida nacional, o desejo de manter seu suprimento teve consequências de longo alcance na política externa britânica.
As bebidas gaseificadas surgiram na Europa do final do século XVIII mas a Coca-Cola foi o refrigerante mais famoso criado pelos americanos 100 anos mais tarde. É o produto mais conhecido e distribuído no mundo. Foi idealizada por um farmacêutico de Atlanta como um remédio estimulante.
As 6 bebidas demonstram a complexa interação de civilizações diferentes e a interconexão das culturas do mundo. Elas sobrevivem em nossas casas nos dias de hoje como lembranças vivas de eras passadas, testamentos líquidos das forças que moldaram o mundo moderno.

A History of the world in 6 glasses
Tom Standage

Postado pela Vera


Festa de encerramento de 2018

CREDVINHO - NOVEMBRO 2018    

TEMA: FESTA DE ENCERRAMENTO 2018

LOCAL: LOUP RESTAURANTE



Este foi realmente um ano diferente pois tivemos 2 encontros que não se traduziram como degustações: o primeiro foi na minha fazenda em Atibaia e o segundo o nosso último encontro de 2018 quando tivemos o prazer de receber a Leila, esposa de nosso idolatrado Credidio.



Foi uma festa no Loup Restaurante que nos recebeu maravilhosamente bem, e onde comemos e bebemos com muita categoria. Toda a bebida foi escolhida da própria Adega do Loup que é linda e numerosa.

Iniciamos saudando nossos confrades com Chandon Passion Rosé, hoje com a presença de alguns que tem sido raros como Sugi, Jair e Lourdes.





Um belíssimo Albino Armani Vigneto Corvara Pinot Grigio 2017 acompanhou a entrada composta de um spicy tuna e croqueta de jamon.

Para nosso jantar tivemos 3 opções:

  • Gnocchi de batata com creme de trufas negras e cogumelos frescos
  • Prato pescador com emulsão de capim limão e parmentier de espinafre
  • Filet au poivre vert com batatas rusticas





Regadas com o Vale da Raposa reserva 2014, redondo e pronto, aceitando massa, peixe e carne vermelha.

Daí nossa pergunta eterna: peixe com vinho branco? Carne vermelha com tinto? Se analisarmos a composição dos pratos chegaremos à feliz conclusão que podem ser sabiamente acompanhados com um único vinho (talvez dois?), não havendo briga do vinho com nenhum destes pratos. 

E a sobremesa?

Desmaiamos de prazer com uma Dacquoise de chocolate  com castanha de caju, mousse e sorvete de café. Regado a vinho do porto Tawny reserva Fonseca Bin 27

Café (será que precisa?)

Encerramos aqui 2018 com muita fé em 2019.
Que nossos dirigentes sejam honestos a ponto de proteger nossos vinhos. Que assim seja!
Até 2019 após o carnaval!

Vera





quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Alentejo


CLUVINHO - NOVEMBRO 2018

TEMA - ALENTEJO

LOCAL - NOU RESTAURANTE


A reunião ocorreu em 13/11 e a razão da escolha do tema foi o surgimento de novos rótulos, nunca antes provados por nós, desta região de Portugal. Todos os vinhos são importados pela Adega Alentejana. 
Abrimos com o CORTES DE CIMA 2016, da sub-região Vidigueira, produzido pelo enólogo e proprietário dinamarquês Hans Jorgensen, pioneiro em plantar, a partir de 1988, castas tintas nessa área típica de castas brancas. Até 1996 vendia as uvas colhidas para terceiros e, a partir de então, passou a produzir seu próprio vinho. O vinho que tomamos é um corte de 50% Alvarinho, 27% Viognier e 23% Sauvignon Blanc, passa 40% do suco em carvalho francês durante 6 meses, engarrafado em 04/2015, GA - 12,5%, bom aroma, agradável na boca, porem de pouca persistência. Preço: R$ 156,00.

Os vinhos degustados foram:

CLEMENTINA 2012 - Este tinto da sub-região Portalegre, produzido pela Quinta da Chã, inaugurada em 2006, do dono e enólogo Francisco Pimenta. O nome do vinho é uma homenagem a sua avó. Corte de Aragonez e Alicante Bouschet, passa por madeira, muito complexo, elegante, com aromas de frutas vermelhas maduras, taninos presente, boa acidez, GA - 14,5%, preço de R$ 176,10. Ficou em segundo lugar na preferência.

MONTE DOS CABAÇOS COLHEITA SELECIONADA 2010 - Vinho da sub-região Borba. A proprietária Margarida Cabaço plantou as primeiras vinhas em 1992, passando a produzir seus próprios vinhos a partir de 2001. Conta com a assistência da renomada enóloga Susana Esteban. As uvas são pisadas parte em lagar e parte em cubas. Corte de Touriga Nacional, Alicante Bouschet e Aragonez, passa 6 meses em carvalho francês, um vinho agradável, porem estava competindo com vinhos de peso, GA - 14,5%, preço de R$ 156,20. Ficou em quarto lugar na preferência.

TIAGO CABAÇO ALICANTE BOUSCHET 2015 - Da sub-região de Borba, produzido pela enóloga Susana Esteban. A vinícola TIAGO CABAÇO WINES iniciou a sua produção em 2004, sendo seu proprietário, Tiago, muito jovem na ocasião.  O vinho é um monovarietal da casta Alicante Bouschet, dos quais são produzidos apenas 3.600 garrafas. Recebe afinamento em carvalho francês e depois na própria garrafa; as uvas são pisadas em lagares. Um vinho elegante, com presença marcante de frutas vermelhas e de cor grená escuro, GA - 15%, preço de R$ 176,30. Ficou em terceiro lugar na preferência.

EA RESERVA 2015 - Vinho tinto produzido pela renomada Fundação Eugenio Almeida, um ícone do Alentejo, da sub-região de Évora, que conta como enólogo o premiado Pedro Baptista. A fundação comprou esta vinícola histórica e centenária em 1869 e são os produtores dos famosos Pera Manca e Cartuxa, entre outros. Esse vinho é um corte de Alicante Bouschet, Aragonez, Syrah e Touriga Nacional, passa por barris americanos e franceses; um vinho que dispensa qualquer comentário, GA - 14%, preço de R$ 161,20. Foi escolhido como o melhor da noite.



No jantar tivemos como entrada um mix de folhas e duas opções excelentes de pratos principais: Penne ao pomodoro com azeitonas preta, manjericão e mussarela de búfala ou Paleta de cordeiro ao molho do assado com purê de batata. O vinho para acompanhar este maravilhoso jantar foi o EA 2016 tinto, de um maravilhoso custo/benefício. É um corte de Aragonez, Trincadeira, Alicante Bouschet, Syrah e Castelão, GA - 13,5%, preço de R$ 84,70. Para muitos dos confrades não deixa nada desejar se comparado ao EA Reserva.

Cred não nos abandone

Taba

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Chile

CREDVINHO OUTUBRO 2018

LOCAL: RESTAURANTE E IMPORTADORA RAVIN

TEMA: CHILE


Esse tema foi poucas vezes abordado pelo nosso grupo abordou apesar da proximidade com este país e da facilidade em adquirirmos bons vinhos.

O Chile é o único país no mundo que possui 200.000 hectares de vinhedos cultivados com raízes próprias (sem enxerto americano), pois não foi atingido pela praga de filoxera graças às características de seu solo arenoso que impediu a fixação do vírus na raiz da planta. Hoje a produção chilena se preocupa muito com a qualidade dos vinhos e as principais regiões são: Valle do Maipo, Aconcágua, Colchágua e Casablanca.



Iniciamos com um espumante Valdivieso Brut, vinícola do Valle do Curicó, entre os Vales do Maule e Colchágua, 50% chardonnay, 20% pinot noir e 30% sémillon, GA 12%. Aromas muito frescos de frutas, boa perlage e ótimo custo/benefício, R$ 69,30.

Optamos por degustar 3 vinhos e acompanhar o jantar com 2 outros, todos com boa qualidade.

1. Single vineyard 2011, Valdivieso, Vale do Colchágua, 100% cabernet franc, GA 14%. Produzido em vinhas velhas, permitindo de 10 a 15 anos de guarda. R$ 202,13. Foi escolhido em terceiro lugar.

2. Protegido,Vina Maipo e Concha Y Toro, 2013, 100% cabernet sauvignon, GA 14,5%, 20 anos de guarda, R$ 460,00. Este vinho estava em oferta e nos custou a metade. Vinhas Velhas com orientação de Paul Robins. Um cabernet sauvignon típico. Foi escolhido em primeiro lugar.

3. Caballo Loco Grand Cru Apalta 2013, Vina Valdivieso, 50% cabernet sauvignon, 50% carmenère, GA 14,3%. Elegante, bem estruturado e equilibrado. Foi escolhido em segundo lugar.




Para jantar tivemos 3 opções: a primeira, uma massa com abobrinha e camarões salteados no vinho branco; a segunda, uma massa com azeitona preta, prancheta, mussarela de búfala, molho de tomate fresco e a terceira, uma paleta de cordeiro. Os pratos feitos pelo Pasquale estaam muito bem apresentados e deliciosos.

No jantar degustamos 2 vinhos: a paleta de cordeiro, exigindo um vinho mais encorpado, ficou melhor com o Valdivieso Grand Reserva Carmenère 2013, GA 14%. Já as massas, mais leves, harmonizaram melhor com o Valdivieso Grand Reserva Pinot Noir 2013, GA 14%.

Achamos interessante degustarmos vários vinhos de uma mesma vinícola, Valdivieso, para analisarmos com maior riqueza as diferentes cepas.

Nesta noite tivemos a felicidade da presença do nosso querido Sugi que nos presenteou, em nome da Leila, com livros e quadros que pertenceram ao nosso querido mestre Credidio.



Foi uma noite inesquecível.
Até novembro.

Vera

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Argentina DS 94+

CLUVINHO - OUTUBRO 2018

TEMA - ARGENTINA DS 94+

LOCAL - CLUB ATHLETICO PAULISTANO 



Na reunião desse mês, acontecida no dia 16/10, fizemos a abertura com o ótimo Angustifólia Chardonnay 2017, um vinho brasileiro de São José dos Pinhais - PR, produzido pela Vinícola Araucária, 100% da casta chardonnay, vinhedos a 950 metros de altura, colheita manual, breve amadurecimento em carvalho, 2.700 garrafas produzidas, GA - 12%, vinho equilibrado, muito agradável. Com um pouco mais de acidez seria perfeito. Agradou a todos. Preço R$ 48,00.




Degustamos:

PIANTAO 2012 - Produzido por Zorzal Wines, vinhedos em Gualtallary - Tupungato, um corte de 90% de Cabernet Franc, 5% Malbec, 3% Cabernet Sauvignon e 2% Syrah. A colheita é feita em diferentes tempos, e em cada um é vinificada em ovos de cimento separados. Passa 36 meses em carvalho francês, sendo 30% novo e 70% em barris de 3º e 4º uso, e por fermentação malolática. DS - 98 pts., muita personalidade, equilibrado, rubi escuro, frutas silvestres, boa acidez, sem dúvida um vinho merecedor de sua nota. GA - 14,5%, preço R$ 433,22. Ficou em segundo lugar na preferência.

BARRABAS BY JUDAS CABERNET FRANC 2015 - Produzido por Bodegas Sottano, vinhedos em Agrelo, 100% cabernet franc, fermentação em carvalho francês durante 16 meses, coloração rubi, aroma de frutas vermelhas, leve, boa persistência. DS - 94, GA - 13,6%, preço R$ 211,00. Ficou em terceiro lugar na preferência.

SELECCION DEL ENOLOGO SIGLE VINEYARD MALBEC 2012 - Produzido pela tradicionalíssima Bodega Navarro Correas, vinhedos em Tuhuyan - Vale do Uso, 100% Malbec, 80% passa em carvalho francês e 20% em americano, grená escuro, bastante denso, muito agradável, frutas vermelhas, boa persistência. DS - 95, GA - 14,5%, preço R$ 233,22. Ficou em primeiro lugar na preferência.

OTRA PIEL RED BLEND GUALTALLARY 2015 - Produzido pela Bodega Gen del Alma, fundada em 2012, tendo à frente Andrea e Gerardo Michelini (enólogo da Zorzal), vinhedos no Vale do Uso, um corte de 60% cabernet franc, 30% cabernet sauvignon e 10% pinot noir, vinificado em ovos de concreto, visual rubi, frutas vermelhas, boa acidez. DS - 94, GA - 14%, preço R$ 222,11. Ficou em quarto lugar na preferência.

O jantar teve como primeiro prato, um Raviolli de Ricotta ao Pomodoro e como segundo prato um Filé Mignon de Cordeiro com Risotto de Funghi; os dois excelentes; como sobremesa Creme Brulèe. O vinho escolhido para harmonizar foi o espetacular GRALHA AZUL CABERNET FRANC 2014, produzido pela Vinícola Araucária do Paraná, colheita em Março 2014, engarrafado em agosto 2015, com somente 4500 garrafas produzidas nesta safra em lote único. GA - 12,8%, preço R$ 48,00. Muita personalidade, boa acidez e espetacular custo/benefício.

Todos os vinhos, exceto os de entrada e do jantar, são importados por vinhobr.com.br

Cred não nos abandone.

Taba

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Toscana WS 90+


CLUVINHO - SETEMBRO 2018

TEMA - TOSCANA WS 90+

LOCAL - NOU RESTAURANTE


Depois da última reunião com um local de produção de vinhos inesperado (vejam a postagem "Sei lá"), voltamos a um porto seguro, tendo por tema uma região bem conhecida por todos, com vinhos desconhecidos e muito bem avaliados. Todos os vinhos comprados na VIA VINI, onde obtive ótimas ofertas. 

Abrimos com o excelente Chardonnay da Toscana, vinho branco produzido por Castiglion del Bosco, safra 2017, 5 meses em barrica, GA - 13%, preço R$ 120,00. Um ótimo custo/benefício pela qualidade apresentada.

Os vinhos degustados foram:

CHIANTI CLASSICO RISERVA 2013 - Um típico chianti em suas características, 100% Sangiovese, produzido pela Tenuta Capraia, 15 meses em barrica para afinamento, WS - 93 e JS - 91; um vinho que cresceu ao longo da degustação, taninos presentes, GA - 14%, R$ 182,00. Ficou em quarto na preferência.

VILLA PILLO BORGOFORTE 2014 - Um supertoscano, produzido por Villa Pillo, com um corte de Cabernet Sauvignon, Merlot e Sangiovese. Um vinho simples, não passa por barrica, WS - 91, ficou em 25º lugar no TOP 100 da WS, agradável no paladar, GA - 13,5%, preço R$ 120,00. Ficou em terceiro na preferência.



CHIANTI CLASSICO GRAN SELEZIONE EFFE 55 2013 - Vinho diferenciado, com qualidade para concorrer com um Brunello, produzido pela Tenuta Capraia, 100% Sangiovese, 24 meses em barrica para afinamento, WS - 95 Highly Recommended, JS - 93. Muita personalidade e equilíbrio, devendo crescer mais após 2022, GA - 14%, R$ 250,00. Ficou em primeiro lugar na preferência, empatado com o Uccelliera 2015.

UCCELLIERA ROSSO DE MONTALCINO 2015 - Produtor Uccelliera, da região de Montalcino, 100% Sangiovese, 8 meses em barrica, WS - 90, JS - 92 e GR - Tre Bicchieri. Um vinho fantástico, com muita personalidade e um excelente custo/benefício, GA - 14,5%, preço R$ 150,00. Ficou em primeiro lugar na preferência, empatado com o Selezione EFFE 55.



No jantar tivemos a opção de dois excelentes pratos: Risotto de cogumelos ao azeite de trufas ou Confit de Pato ao vinho do porto, purê de mandioquinha e figo assado com presunto cru. Na minha modesta opinião, este é o melhor Confit de Pato de São Paulo. Para acompanhar tivemos o ótimo vinho toscano Castiglion del Bosco DAINERO 2015, que harmonizou muito bem. É um corte de Merlot e Sangiovese, 6 meses em barrica, WS - 90 e JS - 93, GA - 13,5%, R$ 98,00. Vários confrades decidiram comprar este vinho.

Cred, não nos abandone. 

Taba

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Fazendola

Credvinho Setembro
Fazendola
15/09/2018


Este foi um Credvinho especial realizado em minha fazenda em Atibaia para inauguração de minha nova adega, presente do maridão Olavo.




Éramos 30 pessoas no total e nos divertimos muito.



Uma van foi buscar o grupo no Hotel Faro na cidade e levou-o às 17h para a fazendola .



Conhecemos um pouquinho da fazenda,Olavo nos contou a história da família Pires de Camargo, visitamos a super Adega e fomos aos comes e bebes.



Preparamos um aperitivo enquanto Miguel, da Vesuvio Pizzaria, montava nossa pizzas.






Tomou-se de tudo: chopp, whisky, batidas, aperol ,cava e até vinho!!!!!!!!

A pizzada começou às 20h e estava bem gostosa acompanhada de Chianti ou Pinot Noir chileno.



Para sobremesa degustamos um belo bolo de nozes da Coly, torta de limão, mousse de chocolate, tudo bem light regado a um belo vinho de sobremesa botritizado Alcione.

Café .

Todos receberam como lembrança do evento o café da Fazendola e um poupourri de músicas by Olavo.

Que grupo alegre. Que grupo gentil.



Ficamos muito felizes em recebe-los e este foi o Credvinho de setembro.

Um abraço,
Vera






quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Sei lá

CLUVINHO - AGOSTO 2018

TEMA - SEI LÁ

LOCAL - PIMENTEL BISTRÔ

Não tinha a menor ideia do que fazer quando da convocação para nossa reunião de agosto. Uma luz se fez quando, no dia 04/08, caiu em minhas mãos o encarte do dia 30/07 da ÉPOCA no Valor Econômico. Continha uma reportagem intitulada CHÂTEAU DU CERRADO, sobre quatro vinícolas do cerrado de Goiás, com reportagem de Gabriela Valente, conhecida, mas não parente. Fiquei estusiasmado pois já sabia da boa avaliação feita pelo sommelier Manoel Bento. 

Faltava localizar onde esses vinhos eram vendidos. Foi trabalhoso, pois só os encontrei em lojas de Goiás (Goiânia e Anápolis), mas valeu a pena. Essa minha opinião foi compartilhada por todos os participantes da reunião. Quero ressaltar que apenas duas das vinícolas já estão produzindo vinhos de qualidade; a terceira disponibilizará o primeiro vinho em janeiro de 2019 e a quarta ainda não tem previsão. Todas estão usando a técnica de poda invertida. No final, quando eu contei a origem dos vinhos, foi uma surpresa geral pois não esperavam um vinho com tanta qualidade vindo daquela região.

Abrimos a noite com um excelente rosé BERNE IGP ESPRIT MEDITERRANÉE 2016, importado pela Grand Cru; francês da Provence, produzido pelo Chateau de Berne, não passa por barricas de madeira, um corte de Cabernet Sauvignon, Carignan, Cinsault e Grenache, bem frutado (berries), GA - 12,5% e preço R$ 90,00

Os vinhos degustados foram:

INTREPIDO 2014 - Da região de Cocalzinho, Goiás, situado a 129 km de Goiânia, produzido pela Fazenda Pirineus Vinhos e Vinhedos, sendo o seu proprietário o Dr. Marcelo Souza, médico e sommelier. Colheita feita em agosto e setembro, um corte de 87% Syrah e 13% Tempranillo, passa 11 meses em barricas novas de carvalho francês, vinho elegante competindo e superando muitos dos vinhos do Velho Mundo com preço na faixa de R$ 200,00. GA - 14,5% e preço R$ 110,00. Quem vende é a Enoteca Brasil de Anápolis. Ficou em primeiro lugar na preferência.

MURALHA 2016 - Produzido em Paraúna, Goiás. A primeira safra desse vinho foi lançada em novembro 2017. Produzido por Vinícola Serra das Galés, proprietário Sebastião Ferro, corte de 60% Syrah e 40% Touriga Nacional, estagia 7 meses em carvalho francês e americano e 6 meses na garrafa. Um vinho muito jovem com uma acidez elevada, que ao longo tempo foi se tornando mais agradável. Tanino marcante no início e menos agressivo ao longo da degustação. Vinho com potencial. GA - 12,2%, R$ 140,00, vendido pela Casa Nova Suíça em Goiânia. Ficou em quarto na preferência.

ALMAUNICA RESERVA SYRAH 2014 - Excelente vinho de Bento Gonçalves, produzido pela Vinícola Almaunica, fundada em 2008 e dirigida pelas irmãs gêmeas Magda e Marcia. Caves subterrâneas a 9 metros de profundidade, conservando a temperatura estável o ano todo. O vinho é um varietal 100% Syrah, passa 20 meses em barrica de carvalho francês e americano, meio a meio, sendo metade nova e metade de segundo uso. Um vinho agradável, sem defeito, superior a muitos vinhos sul-americanos. Vale a compra! GA - 13,5%, R$ 96,00. Ficou em terceiro na preferência.

BANDEIRAS 2015 - Este vinho é produzido também pela Fazenda Pirineus Vinhos e Vinhedos, e tem esse nome em homenagem aos bandeirantes que chegaram naquelas terras em 1727. É um corte de 87% de Barbera e 13% de Tempranillo, 6 meses em carvalho francês e americano, um vinho muito estruturado e volumoso. Para mim o melhor. GA - 15%, R$170,00, vendido pela Enoteca Brasil. Foi o segundo na preferência.



No jantar foi servido o Veo Grande Reserva 2016, um chileno simples, ótimo para o dia-a-dia, produzido pela Errazuriz Ovalle no Vale de Colchagua, 100% Carménère, passa 8 meses em barrica, GA - 13%, preço R$ 50,00, é encontrado em vários distribuidores aqui em SP. 
Para jantar tivemos duas opções de entrada, sendo que a mais pedida foi a ótima abobrinha recheada com queijo gorgonzola; como prato principal tivemos 3 opções sendo o mais pedido foi o Medalhão de filet mignon ao molho de queijo gorgonzola com arroz de passas e como sobremesa havia profiteroles ou abacaxi ao natural. Tudo com a qualidade Pimentel Bistrô.

Cred não nos abandone

Taba

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Cinema como inspiração

Credvinho - agosto 2018

Tema - Cinema como inspiração

Local - Modi


O cinema foi nossa inspiração para a seleção dos vinhos do mes; muitos filmes serviram para despertar o imaginário de sabores e odores de nossa enogastronomia.

Como o tema exige, uma deliciosa pipoca foi o acompanhamento de nosso vinho de boca. Não existe cinema sem pipoca! Pipoca harmonizada com um maravilhoso “Le Premier Rendez Vous” de Languedoc –Roussillon, uva Cinsault, 2017, vinho rosé frutado, fresco, com notas florais e cítricas. Na boca leve, com boa acidez. Não passa por carvalho. Importado pela World Wine. R$ 68,00. Excelente custo/beneficio.






Os filmes escolhidos foram:

1. Vicky Cristina Barcelona
Vinho: Mas des Mets do Mont Sant 2016, wine.com, R$ 72,64. Produtor: Cellers Unió na região de Montsant, GA 13,5%. Nos remete à Catalunha, comunidade autônoma, onde o vinho tem importância absoluta, considerado um tesouro real. As uvas Garnache, Carignan, Tempanilho e Merlot. Aromas de frutas vermelhas, corpo leve, acidez e taninos agradáveis e macios. Ficou em quarto lugar na preferência.

2. O Segredo de Santa Vitoria
Vinho: Montepulciano d'abruzzo Casale Vecchio DOC, 2014, R$ 143,00. Vamos agora para a região de Abruzzo, na Itália central onde a uva Montapulciano é cultivada, dando origem a vinhos de sabor leve, baixa acidez, taninos suaves e coloração escura. GA 14%, com envelhecimento em barris por 6 meses. Ficou em segundo lugar na preferência.

3. Saint Amour - Na Rota do Vinho
Vinho: Domaine Hospices de Beaune, 2014. Com esse filme nos transportamos para a França na região da Borgonha, onde as cepas Gamay e Pinot Noir são utilizadas na fabricação dos vinhos tintos. GA 12,8%, vinificado em tanques de aço e barricas de carvalho. R$124,00. Ficou em terceiro lugar na preferência.

4. The Vinters Luck
Vinho: Sileni-Cellar Selection Pinot Noir Hawke's Bay 2014, Mistral, R$ 136,81. Vamos para Nova Zelândia, com uvas Pinot Noir, GA 13,5%. Vinho de cor rubi com sabor de frutas negras e taninos densos. Elegante com boa relação custo/beneficio. Ficou em primeiro lugar na preferência.



Para o jantar tivemos: varenique sbagliato e presunto crocante, risoto de parmesão com tiras de filet mignon, harmonizado com o Premier Rendez-Vous, Pinot Noir, 2105, em um ambiente agradável com serviço ótimo!



Voltaremos outras vezes.
Vera

sábado, 28 de julho de 2018

Tintos do Vale do Loire


CLUVINHO - JULHO 2018

TEMA - TINTOS DO VALE DO LOIRE

LOCAL - CLUB A. PAULISTANO

Nossa reunião ocorreu dia 25/07 com vinhos tintos do Loire, cuja uva emblemática é a Cabernet Franc. Foi o Cardeal Richelieu que a trouxe da Espanha e escolheu a região por estar próxima de Paris. Até hoje são os vinhos mais consumidos na capital francesa. 

O Vale do Loire é a terceira maior região produtora da França, atrás apenas de Bordeaux e do Vale do Rhone, e é constituída por pequenos vinicultores que produzem vinhos AOC distribuídos em 55% de brancos, 24% tintos, 14% rosés e 7% espumantes.

O Vale do Loire é dividido em 4 segmentos: 
1. Pays Nantais: na costa atlântica, região da uva Melon da Bourgogne e dos famosos Muscadet
2. Anjou-Saumur: da uva Chenin Blanc 
3. Touraine: melhores tintos de Cabernet Franc ou Breton na região Chinon e os famosos Vouvray 
4. Loire Central: dos Sancerres e Pouilly Fumè e dos tintos com Pinot Noir e Gamay

Abrimos com o Rosè de Loire 2015, importado pela Mistral, produzido por Domaine Baumard, um corte de Cabernet Franc e Grolleau, do segmento Anjou-Saumur (Angers), GA - 11%, R$ 115,00. Um vinho leve, fácil de beber e com custo/benefício não vantajoso.



Degustação:

1. SAUMUR-CHAMPIGNY 2012 - Produzido por Domaine Guy Saget, famoso por seus Sevre-Maine sur Lien, importado pela Mistral, 100% Cabernet Franc, do segmento Anjou-Saumur, é trabalhado em tanques abertos, remoulage diária, fermentação malolática, de visual claro como um Pinot Noir, GA - 12,5%, R$ 153,00. Leve com pouca expressão. Ficou em quarto na preferência.

2. CHINON 10 PLUS BELLES PIECES 2010 - Produzido por Foucher Lebrun, importado pela Casa Santa Luzia, 100% Cabernet Franc, do segmento Touraine (Chinon), passa 12 meses em carvalho francês, GA - 12,5%, R$ 129,00. Vinho muito agradável e delicado, com personalidade; cresceu bastante ao longo da degustação ficando quase empatado com a terceira amostra. Ficou em terceiro na preferência.

3. CHINON CUVEÈ TERROIR 2011 - Produzido por Domaine Charles Joguet, importado pela Mistral, WS - 91, 100% Cabernet Franc, do segmento Touraine (Chinon), cinco dias de maceração com as cascas e 10 meses em tanques de aço, GA - 13%, R$ 245,00. Vinho com muita personalidade. Ficou em segundo na preferência.

4. CLAU DE NELL 2012 - Produzido por Anne Claude Leflaive, um AOC Orgânico Biodinâmico, colheita manual, 100% Cabernet Franc, do segmento Anjou-Saumur (Anjou), passa 18 meses em barris da Borgonha de segundo uso, vinhas de 35 a 40 anos idade, com taninos leves e agradável, GA - 12%, R$ 240,00. Ficou em primeiro lugar na preferência.

No jantar foi servido um ótimo carrè de cordeiro com risotto de brie e peras. Para harmonizar o vinho escolhido foi o LES GRANS JARDINS 2015, importado pela Casa Santa Luzia, com excelente custo/benefício, produzido por Foucher Lebrun, 100% Cabernet Franc, do segmento Touraine (Chinon), GA - 12,5%. Não passa por madeira, muito fácil de acompanhar prato de carne e agradou muito os confrades.

Cred não nos abandone

Taba

terça-feira, 24 de julho de 2018

Vinhos Chianti

Credvinho - julho 2018
Local - Mercovino
Tema - VINHOS CHIANTI

São várias as hipóteses sobre a origem do nome CHIANTI, mas a mais aceita diz respeito à palavra etrusca clante que significa ÁGUA, abundante na região. Situada entre as colinas de Firenze e Siena que, por muito tempo, disputaram as divisas de território. A lenda do Gallo Nero conta como a fronteira foi demarcada e se tornou o símbolo dos vinhos Chianti Clássico.
Chianti foi a primeira Denominação de Origem conhecida no mundo, efetuada por Cosimo III em 1716.
Até 1970, Chianti foi sinônimo de vinho simples e barato. Para diferenciar os vinhos de melhor qualidade foi criada  a Denominação de Origem Controlada e Garantida, com regras mais rígidas em sua produção. Já os supertoscanos são vinhos da região que, apesar de sua alta qualidade, não obedecem a composição de uvas exigida para o DOC e DOCG.
São 8 as sub-regiões, cada uma com suas características específicas, e a do Chianti Clássico é respeitada por produzir os vinhos de melhor qualidade.



Nosso vinho de boca foi Guazza Vermentino Toscana IGT 2014, do produtor Poggio Argentiera, 100% Vermentino, GA 13%. Rico em aromas com notas de frutas brancas e discreta mineralidade. Corpo médio e bem equilibrado. Fácil de beber. R$118,00.


Degustamos:

1 - Poderi da Filicaja, 2015, Villa da Filicaja, 90% Sangiovese e 10% Canaiolo, GA 12,5%, R$ 70,00.
A Canaiolo é a parceira ideal para a Sangiovese. Foi uma cepa muito abundante até que a filoxera atingisse as vinícolas italianas e, por não aceitar enxertos americanos, cedeu lugar para Sangiovese. Vinho sem muita expressão mas que se revelou no final trazendo aromas e sabores finais. Foi o quarto a ser escolhido.

2 - Chianti, Torrequercie, 2016, 100% Sangiovese, GA 12,5%, R$ 67,00. Cor rubi, aroma de frutas vermelhas, seco, com ótima acidez e taninos firmes. Foi o terceiro a ser escolhido.

3 - Chianti Reserva, Torrequercie, DOCG 2012, 90% Sangiovese e 10% Canaiolo, GA 13%, R$ 170,00. Vinho muito equilibrado, cor rubi brilhante, aroma de fruta negra madura e especiarias, ótima acidez e persistência. Foi o segundo a ser escolhido.

4 - Chianti Riserva del Contie, Villa da Filicaja, 2009, 100% Sangiovese, GA 13,5%, R$ 147,00. Vinho maturado em barricas de carvalho francês por 12 meses. Foi bastante premiado. Cor rubi intenso com aromas de frutas do bosque, geleia. Harmônico e bem estruturado. Corpo médio. Foi o primeiro a ser escolhido quase que por unanimidade.

Para o jantar tivemos Papardelle ao pesto e Gnochi ao funghi, acompanhados de um Chianti Superiore DOCG Villa da Filicaja, 2015, GA 13,5%, 90% Sangiovese e 10% Merlot. R$ 90,00.





Para finalizar com chave de ouro nossa reunião mergulhamos o cantucci em um Vin Santo, Poderi del Paraiso, 2010, 92% Trebbiano e 8% Malvasia, GA 15,23%, R$ 250,00.

Foi uma bela noite que nos ensinou muito sobre os vinhos Chianti e acredito que a partir de então passaremos a respeitá-los.
Até agosto.
Vera

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Vinhos da Sicilia

Credvinho - junho 2018

Local: Mercovino

Tema: Vinhos da Sicilia


Coly, recém chegada ao grupo e já disposta a apresentar um tema que foi simplesmente maravilhoso.



Para falarmos dos vinhos da Sicilia precisamos voltar ao século VIII AC, época em que os primeiros colonos gregos se instalaram em sua costa trazendo suas vinhas.
A produção dos vinhos sempre foi marcante na região e atingiu seu ápice no século XVIII quando os ingleses criaram o Marsala, vinho ao estilo de Porto ou Jerez. Como exemplo temos, ao sul, o famoso Moscato de Pantelleria da ilha de mesmo nome.

As vinhas se desenvolvem no solo vulcânico, com boa chuva e insolação suficiente. Os vinhos DOC compõem uma pequena parcela da produção e o número de IGT, fermentados em aço e envelhecido em garrafa, vem crescendo.





Nosso vinho de Boca foi o Catarratto, da vinícola Ferreri, 2016, 100% Catarratto, R$ 150,00. Esta cepa é cultivada em Trapani, Palermo e produz vinhos secos, doces e fortificados. Aroma cítrico e herbáceo. É a cepa branca mais plantada na Sicília considerada similar à Vignonier.




Degustamos:

1- Fina Nero D' Avola da vinícula Fina Vini, 2014, 100% Nero D' Avola, GA 13,5%. R$ 84,00. Vinho de coloração intensa com aromas de frutas negras. Em boca corpo médio e taninos equilibrados. Foi o quarto a ser escolhido.

2- Ferreri Nero D' Avola da vinícula Ferreri, 2016, 100% Nero D' Avola, GA 12,5%, R$ 150,00. Vinho interessante, com cor rubi, aromas de frutas vermelhas, corpo médio e taninos elegantes. Foi o segundo a ser escolhido.

3- Fina Bausa Nero DÁvola da vinícula Fina Vini, IGT 2012, 100% Nero D´Avola, GA 14%, R$178,00. Vinho de coloração rubi intensa, aromas de frutas negras, especiarias. Encorpado, taninos macios e boa acidez. Foi o terceiro a ser escolhido.

4- Fina Caro Maestro da vinícula Fina Vini, IGT 2012, Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah, Petit Verdot, GA 14%, R$ 194,00. Bom corpo, equilíbrio, taninos elegantes.Foi o primeiro a ser escolhido.









Como opções de jantar tivemos: polenta ao ragu de calabresa e massa aos frutos do mar.
Regados a Nero d' Avola 2015, 100% Nero D' Avola, GA 12,5%, R$ 76,00.


Na sobremesa o maravilhoso Cannoli acompanhado do El Aziz da Fina Vini, GA 14%. Este vinho é feito de uma mistura de Catarratto e Muscat. Delícia. R$ 180.00

Que noite gostosa com sabor de quero mais.

Até julho,
Vera

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Espanha e suas regiões


CLUVINHO - JUNHO 2018

TEMA - ESPANHA E SUAS REGIÕES

LOCAL - PIMENTEL BISTRÔ



Nossa reunião aconteceu no dia 19/06, com vinhos inusitados da Espanha e importados pela Península. 

Tivemos amostras de diferentes regiões e cortes. Para efeito comparativo foi colocado um vinho muito conhecido por todos e de qualidade comprovada. Todos os vinhos degustados foram aprovados pelos participantes e considerados de excelente qualidade.

Abrimos com o maravilhoso branco LIAS, da uva Albariño, safra 2007, da região D.O. Rías Baixas, produzido por Martin Códax, cor amarelo-palha brilhante, aroma de pêra e maça, muito estruturado e volumoso, ótima acidez. Fica em depósitos de aço por 10 meses, com lias* em repouso, o que lhe dá maciez e equilíbrio, GA-13,2%, preço R$ 218,90 em oferta por R$ 131,34. Vinho com 11 anos, porem parece ter sido feito ontem, isto mostra a qualidade da amostra, agradou a todos. 
*Lias - Calcareo argiloso, levedura.

 Foram degustados:

ABADIA RETUERTA SELECCIÓN ESPECIAL 2010 - Velho conhecido de qualidade irreparável, região Tierra de Castilla y León, vinícola Abadia Retuerta, um corte de 75% Tempranillo, 20% Cabernet Sauvignon e 5% Merlot, passa 18 meses em carvalho francês e americano, um rubi violáceo intenso, aromas complexos e frutas vermelhas, na boca coco e baunilha, taninos macios, boa persistência, GA-14%, preço R$ 276,10 em oferta por R$ 165,66. Foi o segundo na preferência.

EDETANA 2008 - Um tinto da região Terra Alta, produzido por Edetária, um corte de 60% Garnacha Tinta, 30% Garnacha Peluda e 10% Cariñena, passa 12 meses em barricas de carvalho francês, cor de cereja, aroma de fruta vermelha madura, vinho estruturado, longo, com taninos redondos, GA-15,2%, preço R$ 207,90 em oferta por R$ 124,74. Foi o quarto na preferência.

ALTOS DE LOSADA 2007 - Região de Bierzo, da vinícola Finca Losada, um varietal 100% da casta Mencía, estagia 12 meses em barris de carvalho francês, cor cereja escura com borda violácea, aroma de fruta vermelha madura e tostados, na boca muito estruturado, elegante e persistente, GA-14,5%, preço R$ 289,30 em oferta por R$ 173,58. Foi o terceiro na preferência.

PUERTO SALINAS 2004 - Região de Alicante, produzido por Sierras Salinas, um tinto de corte 80% Monastrell, 13% cabernet Sauvignon e 7% Garnacha Tintorera, fermentação malolática em barrica e 15 meses em carvalho francês, sem clarificação e nem filtragem, um rubi violáceo intenso, aroma de fruta vermelha e muito complexo, boa acidez e persistência, GA-15%, preço R$ 196,90 em oferta por R$ 118,14. Foi o primeiro na preferência.



O jantar com a qualidade de sempre do Pimentel Bistrô, tanto no serviço como nos pratos servidos. Como entrada tivemos duas opções: um mix de folhas verdes ou uma abobrinha recheada com creme de gorgonzola gratinada. Também duas opções no prato principal: Medalhões de filet mignon ao molho de mostarda de Dijon com fritas ou Saint Peter ao molho de queijo roquefort com arroz e passas. Sobremesa: Profiterolles ou Abacaxi com raspas de limão.

No jantar foi servido o excelente Mestizaje, um espanhol tinto, da região de Pago El Terrerazo, produzido por Mustiguillo Vinedos y Bodega, um corte de 80% Bobal, 9% Tempranillo, 3% Cabernet, 2% Garnacha e 1% Merlot, envelhecido 10 meses em barrica de carvalho francês, fermentação malolática, 3 semanas com batonagem, sem filtragem, GA-14%, guia Peñin avaliou com 91 ptos., de R$ 129,80 por R$ 77,88.

Cred não nos abandone

Taba


sábado, 19 de maio de 2018

Primitivo X Zinfandel

CREDVINHO - MAIO 2018

TEMA: PRIMITIVO X ZINFANDEL

RESTAURANTE SERAFINA JARDINS


Sabemos que as cepas Primitivo e Zinfandel possuem o mesmo DNA sendo a Primitivo conhecida no sul da Itália, na região de Puglia, e a Zinfandel nos Estados Unidos, na região da Califórnia.

Pensa-se que os imigrantes italianos, após passarem pela costa leste europeia, mais precisamente na Croácia, trouxeram para a América a cepa Crljenak Kastelanski, da qual as 2 cepas acima descendem. A palavra Primitivo é uma referência à sua época de colheita, sendo uma uva precoce e a primeira casta tinta a ser colhida em meados de agosto, e por este motivo, conter muito açúcar residual produzindo vinhos com alto teor alcoólico.

Nosso vinho de boca foi o Woodbridge de Robert Mondavi 2016,conhecido e muito apreciado pelos americanos como White Zinfandel, mas que na realidade é um vinho rosé. Trata-se de um vinho suave, pouco corpo que agrada num aperitivo ou numa piscina. GA 12%, R$ 110,30.




Degustação

1-Masseria Trajone Puglia Primitivo di Manduria,2016, GA 14%, R$ 108,00. Vinho de cor rubi, aromas de frutas vermelhas, bom corpo, persistência média. Foi o quarto a ser escolhido.

2-Gravelly Forrd Zinfandel 2013,GA14,5%, R$ 109,90. Vinho equilibrado, taninos macios, cor rubi , aromas de frutas secas. Foi o terceiro a ser escolhido.

3- Sessantanni Farnese Primitivo di Manduria DOC 2014, GA 14,5%, R$ 287,90. Vinho de cor rubi, taninos macios, bom corpo, boa persistência e aromas intensos de frutas vermelhas. Foi o primeiro a ser escolhido pela grande maioria dos participantes.

4- Robert Mondavi private selectio Zinfandel,2016, GA 13,5%, R$ 110,30. Vinho de cor rubi, aromas delicados de frutas secas, boa acidez, corpo médio. Foi o segundo a ser escolhido.



Para o jantar tivemos o vinho Bonacchi Primitivo IGT Puglia 2015, GA 13,5%, R$ 68,40 que se harmonizou muito bem com Ravioli ao funghi e robalo com cama de batatas e caramelizado de alho poró.



Serafina é um local muito agradável com serviço e serviçal impecáveis.
Silvia nos apresentou o tema com muito conhecimento e o grupo esteve muito interessado e animado.



Até junho,

VERA


quarta-feira, 9 de maio de 2018

Cabernet Franc da Bulgária

CLUVINHO - MAIO 2018
TEMA - CABERNET FRANC DA BULGÁRIA
LOCAL - CLUB ATHLETICO PAULISTANO

Os participantes só sabiam que o tema era Cabernet Franc; desconheciam que a Bulgária era o país de origem. Foi uma surpresa positiva para todos.

Os vinhos da degustação são importados pela Winelands; o do jantar fugiu um pouco do tema, pois foi um Cabernet Franc de excelente qualidade produzido no Uruguai e importado pela World Wine.

A Cabernet Franc é originária da região de Navarra na Espanha e foi levada para a França no século XVII pelo cardeal Richelieu, que a plantou na Abadia de St. Nicolas de Bourgueil no vale do Loire. Somente no século XVIII foi levada para a região de Bordeaux, onde combinadas com Cabernet Sauvignon e Merlot formam o blend da maioria dos vinhos tintos dessa emblemática região. É conhecida  em Saint Emilion por Bouchet e no Loire por Breton.

A Bulgária tem uma longa tradição em vinhos, iniciada nos tempos da Grécia Antiga. O estado búlgaro formou-se em 681, sendo conquistado pelos turco-otomanos e depois pelos russos. Os últimos, para suprir a necessidade de grandes volumes do mercado russo, acabaram dizimando a produção de vinhos de qualidade. A Bulgária já foi o sexto país produtor de vinhos. A partir dos anos 90 voltaram a trabalhar mais os vinhedos e hoje tem uma serie de vinícolas boutique produzindo bons vinhos.

A degustação

Abrimos com o excelente rosè búlgaro CASTRA RUBRA 2015, do produtor de mesmo nome, da região de Telish, vinhedos com mais de 50 anos, em 2006. Com Michel Rolland começou a modernidade, não passa por madeira, fresco, toques de morango e framboesa, GA - 13,5%, preço R$ 145,00.

Os tintos degustados foram:

EM CABERNET FRANC 2011 - Da região de Trácia, produzido por Eduardo Miroglio Winery, passa 10 meses em barricas novas de carvalho francês e alguns meses nas caves, corpo médio, frutas negras, fácil de apreciar, GA - 13,5%, preço R$ 152,90, foi o segundo na preferencia.

CÔTE DE DANUBE CABERNET FRANC 2011 - Das encostas do Rio Danubio, produzido por Chateau Burgozone, mudas francesas, passa por barricas de carvalho francês, frutas vermelhas, cacau e uva passa, GA - 14%, preço R$ 129,90, foi o primeiro na preferencia.

FOUR FRIENDS ZITARA 2014 - Da região de Trácia, melhor região vinícola da Bulgária, produzido por Four Friends, vinícola boutique, vinhas de 2006, 14 meses em barricas de carvalho francês, frutas negras, corpo médio, GA - 14,5%, preço R$ 148,00, terceiro na preferencia.

VERSION PLAISIR DIVIN 2013 - Da região montanhosa do Asenitsa River, produzido por Vinzavod ad Assenougrad, desde de 1947, passa por madeira, frutas negras, chocolate dark, GA - 14,5%, preço R$ 164,00, foi o quarto na preferencia.




No jantar tivemos na entrada Berinjela Parmegiana com Pancetta Crocante, como prato principal Paillard Mezzaluna com Linguini ao Burro e Sálvia e sobremesa Creme Brûlée. O vinho para harmonizar foi o uruguaio Garzon Reserva Cabernet Franc 2015, da região de Maldonado, de 6 a 12 meses com as peles em barricas de carvalho francês, frutas vermelhas, médio corpo, GA - 14,5%, preço R$ 99,00. Conclusão, jantar e vinho excelentes.

Cred não nos abandone.

Taba

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