In Memoriam Credidio Rosa (4/9/1938 - 6/8/2014)

terça-feira, 22 de maio de 2012

Cluvinho - maio - Tinto da Borgonha



DATA - 17/05
LOCAL - GENOVA RESTAURANTE
TEMA - TINTO DA BORGONHA


Antes de postar os comentários sobre esta degustacão é preciso esclarecer que muitos confrades ficaram injuriados comigo, pois eu os induzi a pensarem que seria uma degustacão de Pinot Noir, mas não foi. Os vinhos degustados foram os CRU de BEAUJOLAIS, onde são cultivadas as cepas GAMAY (de casca tinta e suco branco). Só para esclarecer, em Beaujolais, que é uma região da Borgonha, existem 12 denominacões que são: o Beaujolais, Beaujolais Villages e 10 Crus (Juliénas, Saint-Amour, Chénas, Moulin-à-Vent, Fleurie, Chiroubles, Régnié, Morgon, Cote de Brouilly e Brouilly.

Em Beaujolais também são produzidos brancos da cepa Chardonnay e estão em grande expansão.

Os vinhos de Beaujolais são produzidos através da maceração carbônica e depois seguem a vinificação usual. 
Normalmente os vinhos são engarrados na primavera, os vinhos crus podem ser guardados de 7 a 10 anos, mas não vou falar do absurdo Beaujolais Noveaux.

Abrimos os trabalhos com um Beaujolais Blanc, importado pela Casa Flora, do merchant Abel Pichard, que produz outros brancos tipo Pouilly-Fuisse, safra 2009, GA - 12,5%, vinho de corpo leve, muito fresco, boa acidez, com aroma de frutas frescas, preço R$ 32,00 é um custo/beneficio honesto.

MORGON - Este cru é segunda maior área plantadada de Beaujolais (1100 ha), este é da Maison Coquard, importado pela Decanter, de cor grena intenso, no nariz muito fechado, taninos presentes e uma acidez marcante, safra 2008, GA - 12,5%, preço R$ 82,00, ficou em quarto lugar na preferência.

JULIÉNAS - Este cru se caracteriza pela diversidade de solos (600 ha), tambem é da Maison Coquard, importado pela Decanter, de cor rubi intenso, aromas de frutas vermelhas escuras e especiarias, na boca equilibrado com mais persistência, safra 2006, GA - 13%, preço R$ 82,00, ficou em terceiro na preferência.

MOULIN-À-VENT - Os vinhos deste cru (660 ha) são de guarda, potentes e estruturados, é da Bouchard Père et Fils, importado pela Grand Cru, de cor rubi intenso, aromas de cerejas, ameixa escura e especiarias, de médio corpo, na boca ameixa e toques de chocolate e emblemático, safra 2009, GA - 13%, preço R$ 89,00, foi o primeiro na preferência.

BROUILLY - É a maior área de cru plantada em Beaujolais (1300 ha), do merchant Bouchard Père et Fils, importado pela Grand Cru, de cor rubi escuro, aromas de frutas vermelhas e ameixas escuras, tanino acentuado, creio que é um vinho que irá evoluir muito, safra 2010, GA - 13%, preço R$ 82,00, foi o segundo na preferência.

Para jantar o João preparou um fusili a Siciliana (alla Norma) regado a Beaujolais Villages AOC da Barton e Guestier Golden Label, importado pela Interfood, preço R$ 56,00, GA - 12,5%, sem safra.

Taba

domingo, 20 de maio de 2012

Credvinho: maio 2012 - Pinot Noir


Nossa reunião de maio foi sobre a caprichosa, cepa dos reis, Pinot Noir.

Nos encontramos na Kylix do Simon, que não se encontrava no País, mas que repassou a André e Wellington nossas necessidades e que, por sinal, desempenharam muito bem seus papéis.


Como vinho de boca tivemos a cava Juvé & Camps rosé, 100% pinot noir, safra 2006, com cotação RP90, Guia Compsa 94,WA 90 (Wine Advocate). Apresentou aroma delicado e intenso com notas de cereja e morangos. A efervescência é exuberante.Trata-se de um Brut Gran Reserva elaborado a partir de mosto-flores ligeiramente macerado (R$93,50).


vinhos da degustação de maio

Nosso primeiro vinho apresentado foi um Kasher de Israel, da região da Binyamina, que se apresentou com aromas de cereja e especiarias mas que no visual apresentava-se um pouco turvo (R$119,40).


O segundo foi o argentino Luca que apresentou uma característica terrosa, refinado, envolvente e que recebeu de Robert Parker, na safra de 2009, a nota mais alta concedida a um Pinot Noir argentino: 93 (R$96,20).


Nosso terceiro vinho degustado foi o Alberto Bichot Chassagne Montrachet da Bourgogne que apresentou coloração grená claro com aromas de cerejas doces, morangos e framboesa. Esperava-se que um verdadeiro Pinot de Bourgogne seria o grande vencedor da noite, mas....não foi o ocorrido (R$177,50).

Sabemos da tipicidade e capricho desta cepa o que explica estas surpresas.


Nosso quarto vinho degustado foi o americano da Califórnia, Freestone de Sonoma, um perfeito terrorista para a Pinot. Este vinho recebeu 91 da RP e 93 da WA.

Aromas de tabaco doce, especiarias, frutas vermelhas (R$290,00).


Nosso vencedor da noite foi o Luca (argentino) de Laura Catena que derrubou o francês com muita categoria.

Tivemos um risotto de Emmenthal e alho poró e fetuccine com lascas de mignon e cogumelos preparados pelo Accanto e regados ao Pinot nacional Salton Volpi (R$39,60).

Nossa reunião foi muito animada, como sempre, e terminamos a noite com a certeza que vinho é sempre uma boa surpresa.

Até junho,
Vera

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