In Memoriam Credidio Rosa (4/9/1938 - 6/8/2014)

domingo, 11 de dezembro de 2022

Vinhos do Veneto

 Tudo pronto para a degustação de março de 2.020 e a Pandemia de Coronavirus chegou e tudo foi cancelado.

O local reservado era o NOU da Rua Ferreira de Araújo e os vinhos do Veneto que beberíamos eram (podem babar a vontade pois já bebi quase todos):

Vinho de boca: Soave DOC Clássico

Degustação: Valpolicella Classico Speri, Ripasso Speri, Apassimento Sant'Urbano e Amarone Campagnola

Jantar: Bardolino Campagnola Magnun

A proposta era iniciarmos com o Valpolicella Clássico e ir caminhando pelos diferentes tratamentos que o Valpolicella sofre até chegar no Amarone, passando pelo Ripasso e Apassimento.

Precisamos voltar ao tema.

Paulo Sergio


quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Conhecendo novas cepas

CREDVINHO - FEVEREIRO 2020

TEMA - CONHECENDO NOVAS CEPAS 

LOCAL - NOU VILABOIM - HIGIENÓPOLIS


Nosso encontro de fevereiro foi realizado no restaurante NOU de Higienópolis com o tema: "Conhecendo novas cepas".

Sabemos que existem 1200 cepas da categoria Vitis Vinífera e que em todo o mundo utilizam-se, em geral, somente 20 delas. Daí nosso interesse em conhecer mais algumas, sendo, portanto, todos os vinhos 100% varietais.

Resumo: 

Vinho de Boca: cepa Zibibbo ou Moscato de Alexandria
1- Cepa Mencia
2- Cepa Nero di Troia
3- Cepa Cinsault
4- Cepa Carignan
Vinho do Jantar: Cepa Malvasia Nera

Vamos aos detalhes:

Vinho de boca:

Barone Montalto Collezione di Familia ZIBIBBO, Terre Siciliane IGT 2018, produzido por Barone Montalto. Cepa Zibibbo ou Moscato de Alexandria, Sicília, Itália, GA 12,5%, R$ 99,90 na Grand Cru.

Vinho para se beber jovem. Cor amarelo dourado. Aromas de frutas exóticas e flores e sabor intenso de frutas maduras. Acidez e frutado acentuados. Harmoniza-se com atum em crosta de gergelim.

Variedade muito antiga cultivada nos países Mediterrâneos não havendo relação do seu nome Moscato de Alexandria com a cidade de Alexandria no Egito. O nome Zibibbo vem do árabe Zabib que significa uva passa por apresentar alta concentração de açúcar adaptando-se muito bem ao calor e à seca. Folha em forma de trevo, cacho volumoso, casca grossa. Maturação tardia. Muitas propriedades organoléticas. Os vinhos mais conhecidos são os vinhos doces: na França (Muscat de Rivesaltes),na Itália (Passito de Pantelleria), na Espanha (Moscatel de Alexandria),em Portugal (Moscatel de Setúbal) e no Chile compõe o destilado Pisco. A Unesco, em 26/11/2014, declarou o cultivo da pantelleria em pequenas arvores (alberello) como “Patrimônio imaterial da humanidade”.
É por estas razões que iremos conhecer um vinho seco, raro desta cepa.

Vinhos da degustação:

1- Petit Pittacum 2016, produzido pela Pittacum de Bierzo, Espanha. Cepa: Mencia. GA 13,5%. R$ 116,00 na Kylix.

Uvas cultivadas em vinhedos centenários segundo a viticultura orgânica. A fermentação alcoólica se faz em tanques de inox e o vinho matura em barricas de carvalho.
É uma vinícola moderna, inaugurada em 1999, e seu maior tesouro são os vinhedos antigos da casta Mencia. Ela possui 12 hectares próprios e 250 parcelas em diferentes zonas. Cada parcela é vinificada separadamente e depois se compõe a mescla ideal.
Pittacum privilegiou os vinhedos de encostas, solos profundos e bem drenados compostos de argila, areia e xisto. Durante a colheita há 2 seleções de cachos dando origem a vinhos irrepreensíveis.
Esta cepa é característica da Península Ibérica, encontrando-se na Espanha com o nome de Mencia e em Portugal como Jaen na região do Dão.
Pele grossa, azul violeta. É vigorosa e exige cuidado do viticultor para conter sua extraordinária produtividade. Amadurece cedo e está bem adaptada ao clima marítimo da região, com chuvas no outono.
Os vinhos desta casta eram muito rústicos antigamente, com taninos agressivos. Hoje, apresentam taninos mais suaves porem marcantes sendo vinhos mais macios e refinados.
Aromas de framboesa e cereja e um caráter herbáceo de hortelã e tomilho.
Em solos de granito e xisto produz um toque mineral e em solos de argila há referência à terra.
Este vinho fica mais fresco se submetido a maceração carbônica quando uvas inteiras são submetidas a um ambiente rico em gás carbônico e quase sem oxigênio.
Já houve certa confusão entre Mencia e Cabernet Franc, que alguns especialistas afirmavam ser a mesma variedade, mas estudos genéticos provam ser pura especulação.
Harmoniza-se com lombo suíno e comida mexicana.

2- Gelso Nero di Troia 2015, produzido por Podere 29 na Puglia, Itália. Casta: nero di troia. GA: 13%. R$ 123,00 na Kylix.

Vinho de uvas colhidas manualmente nas primeiras horas da manhã, o mosto passa pela fermentação malolática e envelhece por 8 meses em barris de carvalho e na garrafa.
Podere 29 é uma vinícola com certificação orgânica com ICEA da região da Puglia.
Vinho de alta qualidade, com aroma intenso.
Originário da cidade de Troia na província de Foggia na Puglia não tendo nenhuma relação com a cidade Grega de Troia.

Cepa de alta qualidade com muito aroma. Vários sinônimos como sommarello e uva di Troia.
Amadurecimento tardio e pouca resistência às pragas.
Vinhos com tanino acentuado, frescor somente nos vinhos jovens.
Geralmente blended mas surpreende como varietal: aromas de camomila, verveine, taninos suaves e um final seco e persistente.

3-Di Martino Viejas Tinajas D.O., 2016, Itata, vinhedo Guarililhue, Chile. Cepa: Cinsault. GA 12,5%. R$ 177,00 na Kylix.

O Vale do Itata, no sul do Chile, é uma das regiões mais antigas do país. La CAUSA é um projeto que tem como objetivo resgatar uma variedade de uvas ancestrais. Representa um patrimônio histórico-cultural importante e é responsável por 8% da produção do vinho no país.
Os vinhos são de coloração vermelho granada e no olfato sensação de frutas vermelhas silvestres como morango, groselha.
No paladar taninos finos suavemente amadurecidos e final de boca longo, aromático e agradável.
Sua origem é na região de Languedoc- Roussillon, sul da França, onde faz parte do blend com Grenache, Syrah, Mourvedre e Carignan. Sua missão é oferecer suavidade, flexibilidade, leveza e aroma.
Está presente em muitos vinhos de denominação controlada como Chateauneuf du Pape. Na Itália, onde se encontra bem adaptada, chama-se Ottavianello; na África, Hermitage e assim são os 102 nomes pelos quais é conhecida.
Variedade que se adapta a climas quentes. As videiras tem alto rendimento, sendo o dobro da Pinot Noir.
Os Cinsault produzem também bons vinhos rosés.
Vinhos sinônimos de comida Mediterrânea e azeite de oliva: frutos do mar, legumes marinados e carnes temperadas com alecrim.

4- Grotta Rossa Carignano del Sulcis DOC 2014 da Cantina Santadi, Itália. GA 14%. R$ 139,00 na Kylix.

Vinho intenso com aromas de framboesa e fruta vermelhas, sabor de chocolate, carvalho e tabaco. Corpo médio, acidez correta.
Uva autóctone da Sardenha onde é conhecida como Mazuelo. Provavelmente de origem Espanhola (Cariñena).
Hoje produção de vinhos de maior qualidade: DOC Carignano del Sulcis
oferece cor, tanino e acidez mas dificilmente aroma e elegância .São vinhos escassos de aroma e gosto.
Difícil cultivo e sensível a pragas e insetos.
Maturação tardia. A maceração carbônica gera vinhos novos e discretos.
No Chile temos bons exemplos de Carignan varietal. Harmonização com paleta de cordeiro.

Vinho do jantar:

Vinho Conte di Campiano, Paolo e Carlo, classe 1966, Malvasia Nera, IGT  2014. GA 15%.  R$ 109,00  na Kylix.

Cor vermelho intenso com reflexos granada.
A uva Malvasia Nera também conhecida como Black Malvasia é a variante mais escura entra a família Malvasia.
Extremamente aromática e graças à sua pela fina pode ser utilizada na elaboração de bons vinhos espumantes, secos, doces e rosés.
São geralmente vinhos de corte mas existem ótimos varietais.


 

A escolha do grupo foi: 2,4,3,1. Realmente a cepa Nero di Troia produz vinhos espetaculares.

Para o jantar 3 opções:
ST. Peter ao molho de alcaparras, amêndoas e passas com purê de batata;
Risoto e cogumelos ao azeite de trufas,
Spaghettini com camarão com abobrinha, shitake e tomates frescos.

Foi nosso primeiro encontro do ano e, sem dúvida, estávamos saudosos pois a reunião foi além das 23 horas.
Em março tem mais.
Até lá,
Vera

Vinhos brancos de uvas das quais a gente nunca lembra o nome

CLUVINHO - FEVEREIRO 2020

TEMA -VINHOS BRANCOS DE UVAS DAS QUAIS NUNCA LEMBRA O NOME 

LOCAL - NOU VILABOIM


2020! Cheers! Prost! Cin Cin! Kanpai! Salud! Santé! Le Chaim! Saúde! Tim tim! Dia 18 de fevereiro brindamos ao novo ano!

Foi também uma festa pré-carnavalesca pois o carnaval seria na terça-feira seguinte.

Mesclamos novidade e tradição na primeira degustação de 2020. O restaurante foi o Nou que já nos acolheu em diversas ocasiões, mas em um novo local, perto da Praça Vilaboim em Higienópolis.

E vinhos brancos! Só brancos!!!! Todos comprados na Casa Flora com 15% de desconto nos valores informados abaixo.

Iniciamos com um espumante português Filipa Pato 3B, da vinícola da Filipa Pato da Bairrada. O 3B do rótulo vem do local (Bairrada) com as uvas (Biga e Bical).  GA 12%. R$ 119,90.

Degustamos:

1.Reguengos DOC Reserva 2016 da vinícola Carmim, Alentejo, Portugal. Uvas: Antão Vaz e Arinto. GA 13%. R$ 86,90. Ficou em segundo lugar na preferência.

2.Gran Reserve Cru Cairanne 2018 da Cave Cairanne, sub-região de Cairanne, Cote de Rhone, França. Uvas: Grenache Blanc, Roussanne, Clairette e Bourboulenc. GA 14%. R$ 109.90. Ficou em terceiro lugar na preferência.

3.Pipolli 2018 da Vigneti del Vulture, Basilicata, Itália. Uvas Greco e Fiano. GA 12% R$ 78,50. Ficou em primeiro lugar na preferência.

4.Font Jui 2015 da Gramona, Catalunha, Espanha. GA 12%. R$ 223,87. Ficou em quarto lugar na preferência.




O jantar com as opções de Salmão ou Saint Peter foi acompanhado pelo Marques de tomares Gran Reserva da vinícola Marques de Tomares, Rioja, Espanha. GA 13%. R$ 197,90. Foi o melhor vinho da noite de acordo com muitos dos convivas.

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