Nossa degustação de agosto de 2011 aconteceu na Grand Cru de Moema, com a ótima recepção do nosso amigo Eduardo.
O tema foi: italianos com +90 RP/WS e com preço até R$ 100,00.
Após a degustação foi servido um ótimo jantar, sendo o prato vencedor da noite um Papardelle com ragu de ossobuco.
Abrimos os trabalhos de degustação com um maravilhoso Frescobaldi Attems DOC Friulli 2008 (91 WS), um branco italiano, sendo 100% Pinot Grigio, super elegante, GA 12,5%, com aroma mineral muito agradável e um preço justo pela qualidade R$ 93,00. Os vinhos degustados (às cegas) tiveram muito equilibrio na escolha e foram na seguinte ordem:
VITICCIO CHIANTI CLASSICO DOCG 2008 (WS-90) - Produzido pela Fattoria Viticcio, em Greve na Toscana, na região do Chianti Clássico, ele tem um corte de 95% Sangiovese e 5% Merlot, visual de rubi intenso, aromas de frutas vermelhas, na boca um tanino macio, acidez marcante da Sangiovese, muita fruta e enche a boca com a sua potência, GA 13%, 12 meses em carvalho francês, R$ 89,00 e foi escolhido como quarto na preferência.
FEUDO MACCARI SAIA 2007 (WS-92)- Da Vinicola Feudo Maccari da Sicilia, é um Nero d'Avola 100%, um visual grená, com aromas de tabaco, especiarias e couro, na boca um tanino leve, baixa acidez e muita personalidade e um corpo cheio, GA 14%, passa por barricas de carvalho, porém não há informação do tempo, R$ 105,00 e foi da preferência do grupo em primeiro.
BRANCAIA TRE MAREMMA IGT 2008 (RP-90) - La Brancaia é quem produz este vinho da região de Maremma na Toscana, esta fica mais próxima da costa do mar Tirreno, ou seja a influência da brisa marítima é bem forte, perto está Morelino di Scansano, ele tem um corte de 80% Sangiovese, 10% Merlot e 10% Cabernet Sauvignon, rubi intenso, aromas de cassis e toques de couro, na boca com taninos leves, pouco corpo, mas boa persistência, GA 13,5%, 12 meses em carvalho francês, R$ 80,00, o terceiro na preferência.
POGGIO AL TESORO MEDITERRA TOSCANA IGT 2008 (WS 88) - Na verdade este vinho possui 92 na WS na safra 2006, portanto ele entrou na contra-mão do nosso tema, porém fez um belíssimo papel. Ele é produzido pela mais famosa vinícola do Veneto a Allegrini porém este vinho é feito na Toscana, com um corte de 40% Syrah, 30% Merlot, 30% Cabernet Sauvignon, um rubi intenso bem escuro, no nariz amora negra, na boca um tanino marcante, o que lhe dá uma vida longa de 8 anos de guarda, frutado, elegante e uma ótima persistência, GA 14%, 12 meses em carvalho francês, R$ 89,00, um maravilhoso custo/qualidade e ficou em segundo na preferência.
Taba
In Memoriam Credidio Rosa (4/9/1938 - 6/8/2014)
sábado, 27 de agosto de 2011
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Dica do Gosende - na Cidade do Porto
Estando no Porto, em Portugal, não deixe de comer no Restaurante Aquário Marisqueiro, do restaurateur Carlos Carvalho, rua Rodrigues Sampaio, 163/179. A melhor pedida de peixe da região, há cinquenta anos. Perguntei onde eles compravam os vinhos e me disseram que era ali perto. Fui até lá conferir e encontrei coisas incríveis, e por bom preço. Também recomendo. É na A Flor de S. Tomé, rua Antero de Quental, 534. Garrafeira que existe há sessenta anos.
José Carlos Gosende
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Credvinho – Velho Mundo x Novo Mundo (17/8/2011)
Local: Grand Cru Moema
Já não é tão fácil distinguir um vinho do Novo daquele do Velho Mundo. O do Novo Mundo sempre seria aquele que teria sabores e aromas ricos de frutas que refletiriam vinhedos de clima quente. O do Velho Mundo teria aromas delicados e complexos e sabores mais elegantes. No entanto, hoje essa diferença não é tão clara.
Os viticultores de ambos os lados estão “aprendendo” uns com os outros. Os do Velho Mundo passaram a usar técnicas de cultivo que levam muitas vezes os seus vinhos a ter um sabor maduro e sensual, e serem mais frutados e acessíveis como os do Novo Mundo. E estes têm buscado áreas mais frias para produzir uvas com sabores mais sutis e com maior elegância, além de usar técnicas do Velho Mundo como a fermentação em barril, o uso de leveduras selvagens e a incorporação das borras para dar maior complexidade aos vinhos.
Dessa forma a distinção dos sabores dos vinhos do Velho e do Novo Mundo está cada vez mais sutil.
A pergunta que fica é: o que é melhor vinhos do Novo ou do Velho Mundo? A conclusão natural é que o melhor é aquele que tem as suas características organolépticas bem equilibradas, onde a acidez, a doçura, o álcool e os taninos estão todos bem ajustados independentemente da sua procedência.
Isso tudo se refletiu claramente nos comentários de nossos confrades durante esta degustação. Foi uma bela experiência.
Mas antes de começarmos a nossa degustação, aconteceu o melhor da noite, o nosso Presidente Credidio, em ótima forma, chegou e se juntou ao grupo. Foi um momento muito agradável.
Os vinhos da noite foram representados por 6 países (Brasil, Argentina, Chile, Espanha, Itália e França).
Para nos prepararmos para a degustação começamos com o ótimo espumante 130 Brut da Casa Valduga.
Degustação:
Massolino Barolo DOCG 2006 | 90 RP – Itália – vinho da região do Piemonte, varietal da uva Nebbiolo. 14º GL – envelhecido 30 meses em barricas de carvalho e com tempo de guarda estimado em 18 anos. Apresenta uma tonalidade rubi intenso. Doce, com notas florais e frutadas, toques de tostados por seu tempo de descanso em barricas. Vinho encorpado, clássico e bem estruturado. Foi o 4º colocado na avaliação do grupo. (R$204,00)
Arrocal Seleccion 2006 – WS89 – Espanha – vinho da região de Ribera Del Duero, varietal da uva Tempranillo. 14º GL – envelhecido 16 meses em barricas de carvalho (80% francesas e 20% americanas). Tempo estimado de guarda 15 anos. Vinho de cor púrpura que oferece notas de cedro, fumo, minerais e amora. Com uma elegante personalidade é amplo e sedoso com sabores de frutas picantes, boa profundidade e um final longo. Foi o 3º colocado da noite. (R$110,00)
Pehuén 2007 – Chile – Região: Maipo Valley – Vinícola Santa Rita - 90% Carménère e 10% Cabernet Sauvignon. 14,5º GL – envelhecido 20 meses em barris de carvalho. Tempo estimado de guarda de 10 a 15 anos. Vinho de cor rubi intenso. Notas de frutas pretas e tostados, associados ao moka e chocolate. Intenso, potente e concentrado, de final longo e persistente. Foi o 2º colocado da noite (R$207,00).
Bramare Lujan de Cuyo 2008 | 93 RP - Viña Cobos – Varietal Malbec. 14,5% GL - envelhecido 18 meses em barris de carvalho. Tempo estimado de guarda de 12 anos. Apresenta coloração violeta denso. Este Malbec oferece um bom equilíbrio entre elegância e energia. O estouro de nariz com framboesa, anis, notas de pimenta e cereja preta. Na boca, imprime um sabor aromático de cassis, licor, figos e um toque de fumo. Um final longo deixa a boca envolta em taninos firmes. Foi o 1º colocado da noite (R$160,00)
Jantar
Para sairmos do tradicional risoto, o nosso jantar foi um belíssimo entrecote ao molho do Chef com polenta cremosa e taleggio, preparado pelo Chef Julio Laudisio, que harmonizou muito bem com o Château La Motte 2009 (R$39,00).
De sobremesa foi servido um Vesúvio de chocolate com calda de Porto.
Agradecemos a simpática acolhida do Eduardo Nogueira da Grand Cru e toda sua equipe.
Mais uma bela reunião do Credvinho numa noite muito agradável com muita energia positiva e com todos felizes pela volta do Credidio. Até o mês que vem.
Jair Rodriguez
17/8/2011
Já não é tão fácil distinguir um vinho do Novo daquele do Velho Mundo. O do Novo Mundo sempre seria aquele que teria sabores e aromas ricos de frutas que refletiriam vinhedos de clima quente. O do Velho Mundo teria aromas delicados e complexos e sabores mais elegantes. No entanto, hoje essa diferença não é tão clara.
Os viticultores de ambos os lados estão “aprendendo” uns com os outros. Os do Velho Mundo passaram a usar técnicas de cultivo que levam muitas vezes os seus vinhos a ter um sabor maduro e sensual, e serem mais frutados e acessíveis como os do Novo Mundo. E estes têm buscado áreas mais frias para produzir uvas com sabores mais sutis e com maior elegância, além de usar técnicas do Velho Mundo como a fermentação em barril, o uso de leveduras selvagens e a incorporação das borras para dar maior complexidade aos vinhos.
Dessa forma a distinção dos sabores dos vinhos do Velho e do Novo Mundo está cada vez mais sutil.
A pergunta que fica é: o que é melhor vinhos do Novo ou do Velho Mundo? A conclusão natural é que o melhor é aquele que tem as suas características organolépticas bem equilibradas, onde a acidez, a doçura, o álcool e os taninos estão todos bem ajustados independentemente da sua procedência.
Isso tudo se refletiu claramente nos comentários de nossos confrades durante esta degustação. Foi uma bela experiência.
Mas antes de começarmos a nossa degustação, aconteceu o melhor da noite, o nosso Presidente Credidio, em ótima forma, chegou e se juntou ao grupo. Foi um momento muito agradável.
Os vinhos da noite foram representados por 6 países (Brasil, Argentina, Chile, Espanha, Itália e França).
Para nos prepararmos para a degustação começamos com o ótimo espumante 130 Brut da Casa Valduga.
Degustação:
Massolino Barolo DOCG 2006 | 90 RP – Itália – vinho da região do Piemonte, varietal da uva Nebbiolo. 14º GL – envelhecido 30 meses em barricas de carvalho e com tempo de guarda estimado em 18 anos. Apresenta uma tonalidade rubi intenso. Doce, com notas florais e frutadas, toques de tostados por seu tempo de descanso em barricas. Vinho encorpado, clássico e bem estruturado. Foi o 4º colocado na avaliação do grupo. (R$204,00)
Arrocal Seleccion 2006 – WS89 – Espanha – vinho da região de Ribera Del Duero, varietal da uva Tempranillo. 14º GL – envelhecido 16 meses em barricas de carvalho (80% francesas e 20% americanas). Tempo estimado de guarda 15 anos. Vinho de cor púrpura que oferece notas de cedro, fumo, minerais e amora. Com uma elegante personalidade é amplo e sedoso com sabores de frutas picantes, boa profundidade e um final longo. Foi o 3º colocado da noite. (R$110,00)
Pehuén 2007 – Chile – Região: Maipo Valley – Vinícola Santa Rita - 90% Carménère e 10% Cabernet Sauvignon. 14,5º GL – envelhecido 20 meses em barris de carvalho. Tempo estimado de guarda de 10 a 15 anos. Vinho de cor rubi intenso. Notas de frutas pretas e tostados, associados ao moka e chocolate. Intenso, potente e concentrado, de final longo e persistente. Foi o 2º colocado da noite (R$207,00).
Bramare Lujan de Cuyo 2008 | 93 RP - Viña Cobos – Varietal Malbec. 14,5% GL - envelhecido 18 meses em barris de carvalho. Tempo estimado de guarda de 12 anos. Apresenta coloração violeta denso. Este Malbec oferece um bom equilíbrio entre elegância e energia. O estouro de nariz com framboesa, anis, notas de pimenta e cereja preta. Na boca, imprime um sabor aromático de cassis, licor, figos e um toque de fumo. Um final longo deixa a boca envolta em taninos firmes. Foi o 1º colocado da noite (R$160,00)
Jantar
Para sairmos do tradicional risoto, o nosso jantar foi um belíssimo entrecote ao molho do Chef com polenta cremosa e taleggio, preparado pelo Chef Julio Laudisio, que harmonizou muito bem com o Château La Motte 2009 (R$39,00).
De sobremesa foi servido um Vesúvio de chocolate com calda de Porto.
Agradecemos a simpática acolhida do Eduardo Nogueira da Grand Cru e toda sua equipe.
Mais uma bela reunião do Credvinho numa noite muito agradável com muita energia positiva e com todos felizes pela volta do Credidio. Até o mês que vem.
Jair Rodriguez
17/8/2011
Nota do Editor: Neste dia faria aniversário nosso amigo Cacha, que infelizmente nos deixou.
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