In Memoriam Credidio Rosa (4/9/1938 - 6/8/2014)

sábado, 28 de julho de 2018

Tintos do Vale do Loire


CLUVINHO - JULHO 2018

TEMA - TINTOS DO VALE DO LOIRE

LOCAL - CLUB A. PAULISTANO

Nossa reunião ocorreu dia 25/07 com vinhos tintos do Loire, cuja uva emblemática é a Cabernet Franc. Foi o Cardeal Richelieu que a trouxe da Espanha e escolheu a região por estar próxima de Paris. Até hoje são os vinhos mais consumidos na capital francesa. 

O Vale do Loire é a terceira maior região produtora da França, atrás apenas de Bordeaux e do Vale do Rhone, e é constituída por pequenos vinicultores que produzem vinhos AOC distribuídos em 55% de brancos, 24% tintos, 14% rosés e 7% espumantes.

O Vale do Loire é dividido em 4 segmentos: 
1. Pays Nantais: na costa atlântica, região da uva Melon da Bourgogne e dos famosos Muscadet
2. Anjou-Saumur: da uva Chenin Blanc 
3. Touraine: melhores tintos de Cabernet Franc ou Breton na região Chinon e os famosos Vouvray 
4. Loire Central: dos Sancerres e Pouilly Fumè e dos tintos com Pinot Noir e Gamay

Abrimos com o Rosè de Loire 2015, importado pela Mistral, produzido por Domaine Baumard, um corte de Cabernet Franc e Grolleau, do segmento Anjou-Saumur (Angers), GA - 11%, R$ 115,00. Um vinho leve, fácil de beber e com custo/benefício não vantajoso.



Degustação:

1. SAUMUR-CHAMPIGNY 2012 - Produzido por Domaine Guy Saget, famoso por seus Sevre-Maine sur Lien, importado pela Mistral, 100% Cabernet Franc, do segmento Anjou-Saumur, é trabalhado em tanques abertos, remoulage diária, fermentação malolática, de visual claro como um Pinot Noir, GA - 12,5%, R$ 153,00. Leve com pouca expressão. Ficou em quarto na preferência.

2. CHINON 10 PLUS BELLES PIECES 2010 - Produzido por Foucher Lebrun, importado pela Casa Santa Luzia, 100% Cabernet Franc, do segmento Touraine (Chinon), passa 12 meses em carvalho francês, GA - 12,5%, R$ 129,00. Vinho muito agradável e delicado, com personalidade; cresceu bastante ao longo da degustação ficando quase empatado com a terceira amostra. Ficou em terceiro na preferência.

3. CHINON CUVEÈ TERROIR 2011 - Produzido por Domaine Charles Joguet, importado pela Mistral, WS - 91, 100% Cabernet Franc, do segmento Touraine (Chinon), cinco dias de maceração com as cascas e 10 meses em tanques de aço, GA - 13%, R$ 245,00. Vinho com muita personalidade. Ficou em segundo na preferência.

4. CLAU DE NELL 2012 - Produzido por Anne Claude Leflaive, um AOC Orgânico Biodinâmico, colheita manual, 100% Cabernet Franc, do segmento Anjou-Saumur (Anjou), passa 18 meses em barris da Borgonha de segundo uso, vinhas de 35 a 40 anos idade, com taninos leves e agradável, GA - 12%, R$ 240,00. Ficou em primeiro lugar na preferência.

No jantar foi servido um ótimo carrè de cordeiro com risotto de brie e peras. Para harmonizar o vinho escolhido foi o LES GRANS JARDINS 2015, importado pela Casa Santa Luzia, com excelente custo/benefício, produzido por Foucher Lebrun, 100% Cabernet Franc, do segmento Touraine (Chinon), GA - 12,5%. Não passa por madeira, muito fácil de acompanhar prato de carne e agradou muito os confrades.

Cred não nos abandone

Taba

terça-feira, 24 de julho de 2018

Vinhos Chianti

Credvinho - julho 2018
Local - Mercovino
Tema - VINHOS CHIANTI

São várias as hipóteses sobre a origem do nome CHIANTI, mas a mais aceita diz respeito à palavra etrusca clante que significa ÁGUA, abundante na região. Situada entre as colinas de Firenze e Siena que, por muito tempo, disputaram as divisas de território. A lenda do Gallo Nero conta como a fronteira foi demarcada e se tornou o símbolo dos vinhos Chianti Clássico.
Chianti foi a primeira Denominação de Origem conhecida no mundo, efetuada por Cosimo III em 1716.
Até 1970, Chianti foi sinônimo de vinho simples e barato. Para diferenciar os vinhos de melhor qualidade foi criada  a Denominação de Origem Controlada e Garantida, com regras mais rígidas em sua produção. Já os supertoscanos são vinhos da região que, apesar de sua alta qualidade, não obedecem a composição de uvas exigida para o DOC e DOCG.
São 8 as sub-regiões, cada uma com suas características específicas, e a do Chianti Clássico é respeitada por produzir os vinhos de melhor qualidade.



Nosso vinho de boca foi Guazza Vermentino Toscana IGT 2014, do produtor Poggio Argentiera, 100% Vermentino, GA 13%. Rico em aromas com notas de frutas brancas e discreta mineralidade. Corpo médio e bem equilibrado. Fácil de beber. R$118,00.


Degustamos:

1 - Poderi da Filicaja, 2015, Villa da Filicaja, 90% Sangiovese e 10% Canaiolo, GA 12,5%, R$ 70,00.
A Canaiolo é a parceira ideal para a Sangiovese. Foi uma cepa muito abundante até que a filoxera atingisse as vinícolas italianas e, por não aceitar enxertos americanos, cedeu lugar para Sangiovese. Vinho sem muita expressão mas que se revelou no final trazendo aromas e sabores finais. Foi o quarto a ser escolhido.

2 - Chianti, Torrequercie, 2016, 100% Sangiovese, GA 12,5%, R$ 67,00. Cor rubi, aroma de frutas vermelhas, seco, com ótima acidez e taninos firmes. Foi o terceiro a ser escolhido.

3 - Chianti Reserva, Torrequercie, DOCG 2012, 90% Sangiovese e 10% Canaiolo, GA 13%, R$ 170,00. Vinho muito equilibrado, cor rubi brilhante, aroma de fruta negra madura e especiarias, ótima acidez e persistência. Foi o segundo a ser escolhido.

4 - Chianti Riserva del Contie, Villa da Filicaja, 2009, 100% Sangiovese, GA 13,5%, R$ 147,00. Vinho maturado em barricas de carvalho francês por 12 meses. Foi bastante premiado. Cor rubi intenso com aromas de frutas do bosque, geleia. Harmônico e bem estruturado. Corpo médio. Foi o primeiro a ser escolhido quase que por unanimidade.

Para o jantar tivemos Papardelle ao pesto e Gnochi ao funghi, acompanhados de um Chianti Superiore DOCG Villa da Filicaja, 2015, GA 13,5%, 90% Sangiovese e 10% Merlot. R$ 90,00.





Para finalizar com chave de ouro nossa reunião mergulhamos o cantucci em um Vin Santo, Poderi del Paraiso, 2010, 92% Trebbiano e 8% Malvasia, GA 15,23%, R$ 250,00.

Foi uma bela noite que nos ensinou muito sobre os vinhos Chianti e acredito que a partir de então passaremos a respeitá-los.
Até agosto.
Vera

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Vinhos da Sicilia

Credvinho - junho 2018

Local: Mercovino

Tema: Vinhos da Sicilia


Coly, recém chegada ao grupo e já disposta a apresentar um tema que foi simplesmente maravilhoso.



Para falarmos dos vinhos da Sicilia precisamos voltar ao século VIII AC, época em que os primeiros colonos gregos se instalaram em sua costa trazendo suas vinhas.
A produção dos vinhos sempre foi marcante na região e atingiu seu ápice no século XVIII quando os ingleses criaram o Marsala, vinho ao estilo de Porto ou Jerez. Como exemplo temos, ao sul, o famoso Moscato de Pantelleria da ilha de mesmo nome.

As vinhas se desenvolvem no solo vulcânico, com boa chuva e insolação suficiente. Os vinhos DOC compõem uma pequena parcela da produção e o número de IGT, fermentados em aço e envelhecido em garrafa, vem crescendo.





Nosso vinho de Boca foi o Catarratto, da vinícola Ferreri, 2016, 100% Catarratto, R$ 150,00. Esta cepa é cultivada em Trapani, Palermo e produz vinhos secos, doces e fortificados. Aroma cítrico e herbáceo. É a cepa branca mais plantada na Sicília considerada similar à Vignonier.




Degustamos:

1- Fina Nero D' Avola da vinícula Fina Vini, 2014, 100% Nero D' Avola, GA 13,5%. R$ 84,00. Vinho de coloração intensa com aromas de frutas negras. Em boca corpo médio e taninos equilibrados. Foi o quarto a ser escolhido.

2- Ferreri Nero D' Avola da vinícula Ferreri, 2016, 100% Nero D' Avola, GA 12,5%, R$ 150,00. Vinho interessante, com cor rubi, aromas de frutas vermelhas, corpo médio e taninos elegantes. Foi o segundo a ser escolhido.

3- Fina Bausa Nero DÁvola da vinícula Fina Vini, IGT 2012, 100% Nero D´Avola, GA 14%, R$178,00. Vinho de coloração rubi intensa, aromas de frutas negras, especiarias. Encorpado, taninos macios e boa acidez. Foi o terceiro a ser escolhido.

4- Fina Caro Maestro da vinícula Fina Vini, IGT 2012, Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah, Petit Verdot, GA 14%, R$ 194,00. Bom corpo, equilíbrio, taninos elegantes.Foi o primeiro a ser escolhido.









Como opções de jantar tivemos: polenta ao ragu de calabresa e massa aos frutos do mar.
Regados a Nero d' Avola 2015, 100% Nero D' Avola, GA 12,5%, R$ 76,00.


Na sobremesa o maravilhoso Cannoli acompanhado do El Aziz da Fina Vini, GA 14%. Este vinho é feito de uma mistura de Catarratto e Muscat. Delícia. R$ 180.00

Que noite gostosa com sabor de quero mais.

Até julho,
Vera

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