Credvinho abril 2018
Enoteca Saint Vin Saint
Vinhos
Naturais, Orgânicos e Biodinâmicos
Este restaurante é muito aconchegante, com serviço ótimo,
comida deliciosa e para completar os proprietários utilizam produtos orgânicos, muitos de sua própria horta, e uma carta de 200 rótulos com vinhos naturais,
orgânicos e biodinâmicos. Foi uma experiência incrível.
Apresentei o tema, tão em moda nos dias de hoje, e que já
representa 4% da produção mundial de vinhos. Mesmo as grandes vinícolas tem
sua parcela em orgânicos ou biodinâmicos. Entende-se por vinhos naturais aqueles produzidos com um
mínimo possível de produtos químicos, aditivos e procedimentos tecnológicos,
incluindo, portanto, o vinhedo e a vinícola, a agricultura e a enologia. Nos
Orgânicos e Biodinâmicos existe a preocupação de não se utilizar pesticidas e
agrotóxicos, sendo os fertilizantes de
origem natural à base de óleos de plantas, por exemplo. Para os Biodinâmicos
acrescentaríamos os conceitos espirituais e filosóficos buscando harmonia com a
natureza.
Nosso vinho de boca foi um espumante espanhol (não
Cava) Alcardet Brut, orgânico da região
de La Mancha, uvas chardonnay e airen, leveduras indígenas, produzido pelo
método tradicional. R$109,00. Muito
apreciado.
Degustação
França: Chateau de La Liguière/Faugères, 2013,
Rossillon, uvas Carignan, Syrah, Grenache e Mourvedre. Orgânico e Biodinâmico. 14% GA. R$151,00. Muito equilibrado. Foi
o primeiro a ser escolhido.
Itália: Orsi Martignone Barbera/Colli Bolognese, uva
Barbera, Biodinâmico, 13% GA. Acidez abundante mas com bom retrogosto e
permanência. R$159,00. Foi o segundo a ser escolhido.
Chile: Revoltosa Syrah/Cauquenes, Maipo Cepa
Syrah. Orgânico e Natural. Pouco corpo e pouca persistência. 13,5% GA. R$ 115,00. Foi
o último a ser escolhido.
Argentina: Matias Michelini Bonarda Pura
/Mendoza. Vinho vinificado em ânfora com maceração carbônica, acidez marcante. Vinificação
natural e agricultura biodinâmica. 10,8% GA. R$150,00. Foi o terceiro a ser
escolhido.
Durante a degustação tivemos pães de fermentação natural e água.
A seguir um Amuse Bouche: bombom de chocolate amargo recheado
de terrine de vitela, alongado com vinho fortificado, sal rosa, pimenta preta e
azeite. Uma explosão deliciosa.
Como entrada gnocchi de batata doce com pesto de taioba
castanha de baru ou quibe de porco com
haita de pepino e tahine.
Resolvemos fazer uma extravagância e tomamos 1 vinho laranja
(maceração com a casca): Vinho Cacique Maravilha, Chile, feito com Moscatel de
Alexandria, GA 13%. Trata-se de um vinho à moda antiga na aparência pela cor e
sem filtragem mas interessante no paladar servindo como um vinho coringa para
harmonizações mais difíceis.
Para o jantar um cordeiro assado em cama de tzatziki com
leite de cabra e hortelã ou risoto de abóbora, folhas de beldroega e queijo de
cabra. Para acompanhar escolhemos o vinho português alentejano Bojador, que harmonizou muito bem com as 2 opções de pratos. R$ 99,00.
Esta foi uma noite realmente enogastronômica.
Até maio,
Vera
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.