In Memoriam Credidio Rosa (4/9/1938 - 6/8/2014)

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Itália Adriática

DICA DO TABA

No dia 15/09/2012 viajei para Itália Adriática de Norte a Sul, passando pelas províncias da Emilia-Romagna, Marche, San Marino, Abruzzo, Molise e Puglia. Sem falar nas esticadinhas até Umbria, Basilicata e Lombardia. As outras duas províncias adriáticas, Veneto e Friuli, já havia conhecido em outra viagem. A maior riqueza destas cidades foi a diversidade e beleza entre elas e isto se tornou melhor quando eu decidi visitar vinícolas em distintas regiões.

A primeira foi a ENIO OTTAVIANI, perto de Rimini na Emilia-Romagna, uma vinícola familiar, mas com um cuidado especial na elaboração dos vinhos. O grande destaque é o branco Clemente I Gold, um corte de Riesling 40%, Sauvignon Blanc 30% e Pagadebit 30%, GA - 13% encorpado, e o tinto Sole Rosso, um varietal Sangiovese di Romagna 100%, 15 a 18 meses em barrica, GA - 13,5% encorpado de longa persistência. A grande joia é o Passito Alfiere, com aromas de mel, pessego e lichia, GA - 13%, 12 meses em carvalho, simplesmente fantástico.

No dia 22/09 foi o dia da visita, onde fomos agraciados com um almoço ao lado das vinhas com as "mamas" preparando o almoço para 30 pessoas com pasta e frutos do mar e vários peixes na grelha entre eles a trilha e o aliche fresco, que é abundante naquela costa, sem falar nos figos colhidos na hora. Aqui estão algumas fotos e meus agradecimentos ao Massimo e a maravilhosa familia Ottaviani pela recepção.

 


No dia 27/09 fomos a Ortona (Abruzzo), perto de Pescara e visitamos a vinícola FARNESE, a holding de um grande grupo de produtores de vinho em diversas regiões da Itália. Lá fomos recebido pela Giorgia, que nos apresentou à Stenia, que foi a pessoa que nos acompanhou durante a visita. Este local é o escritório principal da Farnese e é onde eles recebem os clientes. Depois de uma belíssima explanação feita pela Stenia, iniciamos a melhor parte, que foi a degustação dos seguintes vinhos:

  • Farnese Cerasuolo d'Abruzzo Rose(*), 
  • Casale Vecchio Passerina(uva)(branco ótimo), 
  • Casale Vecchio Cococciola (uva)(branco maravilhoso), 
  • Casale Vecchio Pecorino(uva)(branco)(*), 
  • Casale Vecchio Montepulciano d'Abruzzo(*), 
  • Farnese Montepulciano d'Abruzzo DOCG (*), 
  • Opi Montepulciano d'Abruzzo DOCG (*), 
  • Edizione Cinque Autoctoni (*), 
  • Taurasi Vesevo de uma vinicola do grupo na Campanha ( muito bom) e 
  • Piano del Serro um Aglianico de Vulture de uma vinícola do grupo na Basilicata (espetacular).

Depois deste paraíso de degustação a Stenia nos indicou o restaurante PANE E TULIPANI em Pescara, na verdade um local fechado, para comermos ARROSTICINI, uma tipica comida abruzzese que são espetinhos de diversos tipos.

(*) Vinhos que podem ser encontrados na World Wine (procure a Agda na rua Amauri)

No dia 05/10 já na região da Puglia fomos visitar a vinícola SAN MARZANO localizada em San Marzano di San Giuseppe, próximo a Taranto, uma importante cidade da Puglia. A visita foi acertada com a Valentina, porém o nosso acompanhante foi o Ângelo, que logo no inicio nos apresentou ao presidente o Sr. Francesco. Esta vinícola me deixou muito impressionado pelas modernas instalações feitas em 1998, que após a vinificação feita em cilindros deitados com moderníssimo controle de temperatura é jogado por gravidade a 40 metros de profundidade que mantem a temperatura a 14 graus durante o ano todo, onde se da a continuidade do processo até o engarrafamento. São 1065 pequenos agricultores produzindo as uvas, com apoio técnico da SAN MARZANO, que é uma empresa do grupo FARNESE. A LUCARELLI também é do grupo em Terre di Sava, e produz o maravilhoso PAZZIA (Primitivo de Manduria).





A SAN MARZANO produz 14 milhões de litros/ano de vinho, engarrafam 7.000 garrafas por hora, 4.000 litros em barrica, numa foto que parece que estou num laboratório é apenas a sala de degustação.

 



Degustamos dois brancos, um Verdeca, vinho com uma acidez acentuada, mas muito agradável com frutos do mar. O outro um Fiano muito fresco e elegante também autóctone. Três tintos espetaculares; o Sessentanni, conhecido também como o Amarone da Puglia, um Primitivo da Manduria que dispensa qualquer comentário, produção de 200 mil garrafas; o "F", um negroamaro batizado como F (por não terem o nome escolhido colocaram F de Farnese na barrica e assim ficou), 6 meses em barrica francesa e 6 meses em barrica do Cáucaso, como o Sessentanni, e finalmente um passito da casta Aleatico e chamado de Liatico no dialeto, que passou a ser o nome do vinho com GA - 12%. Esta casta é conhecida no Chile como Moscatel vermelha, espetacular. Estes três tintos podem ser encontrados também na World Wine.

Já estou morrendo de saudades.

Taba

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